Revisitando Castelo Branco

18/01/2010

Alcaparras

Artigo escrito por Sara Ingueira em 23/11/2009 .

Hoje quando cheguei ao meu trabalho, uma das primeiras coisas que fiz, como de habito, foi ir ver se havia novidades da nossa terra.

Olhei a janela, e vi um vento muito forte que me fez voltar aos tempos de muitos anos atrás. O tempo das alcaparras. Sim muitos dos novos não devem conhecer. Quando neste tempo o vento assoprava como hoje nos “Adis”, este era o nome do lugar onde hoje se encontra a minha casa e mais, havia oliveiras e o “Tronco”.  Era ali que se ferravam os animais.

O vento era o sinal que nós esperavamos para a chegada, do tempo das alcaparras.  Apanhávamos as azeitonas que o vento deitava ao chão e então escarranchadas na longa cantaria e com uma pedra pequena esmagávamos as azeitonas, que depois púnhamos em calda curavam depressa pois estavam abertas, que regalo.

Um dos nossos vizinhos que passava  ali por perto para ir as eiras ou para ir ao palheiro, com uma vara na mão, o  Senhor Armando Emilio,  ajudava e deitava sempre mais algumas ao chão. Algumas oliveiras eram da junta de que ele fazia parte. Imaginem como a garotada ficava contente.

Era a Senhora Roca que muitas vezes nos fazia a calda (era uma especialista). Ela era a mãe do Senhor Albino Cigano. Ela morava ali no palheiro do Senhor Cordeiro. Já lá vão perto dos quarenta anos ,e hoje sinto saudades desse tempo.

Um Abraço

 azeitonas 1

  azeitonas 4

azeitonas 2

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