Foto: Artur Claro
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Arquivo: Edição de 24-10-2006
SECÇÃO: Opinião
Solar dos Pimenteis – Turismo e História Começa a História do Solar dos Pimenteis, sito em Castelo Branco, concelho de Mogadouro, com a vontade dos Senhores de São João da Pesqueira e Marqueses de Távora de aqui fixar uma residência e sede de comenda.Os eventos que levam por fim à execução desta família, por Decreto de D. José I, têm como consequência a extinção dos títulos e a passagem de honras e comendas para outras famílias. É assim que, por outro Decreto Real, se confere à nobre família Morais Pimentel a propriedade que inclui o Solar dos Pimenteis.São os seus primeiros proprietários família da alta aristocracia com os gostos requintados pelos diferentes títulos e pelos cargos como o de vice-rei na Índia e embaixadores nas cortes europeias. Dessa vivência a natural absorção de hábitos e costumes urbanos que apesar da ruralidade da área integram o desenho do edifício. Afigura-se como provável que na génese do monumento estejam a projecção de valores e o usufruto de uma paisagem e ambiente que o tempo pouco alterou e hoje nos remete para a função do turismo ao colocar-se como oferta a uma clientela onde a principal premissa é a qualidade.Um registo do passado e um investimento no futuro da Região com impactos positivos na economia mas também na qualidade de vida das suas gentes através das requalificações do espaço envolvente ou da oferta e promoção do emprego especializado. A iniciativa de promover uma unidade hoteleira no antigo Solar dos Pimenteis, representa a união perfeita entre a história e o turismo do Nordeste Transmontano, e uma nova forma de encarar o futuro daquela que é e será sempre a nossa terra de sonhos – Trás-os-Montes. É graças a um investimento privado e a uma equipa de grande qualidade, que o Solar dos Pimenteis deixa, definitivamente, o estado de abandono em que se encontrava à mais de 50 anos, onde o risco de derrocada eminente foi posta completamente de lado graças a uma intervenção pronta e rigorosa.Quis o destino, tal como noutros tempos, dificultar um processo que já pela sua natureza complexa não poderia ser resolvido com grandes facilidades. Entre as vicissitudes previstas e os acontecimentos inesperados, o Projecto financeiro de recuperação e de adaptação do Solar dos Pimenteis, a uma unidade hoteleira de qualidade, parou por três períodos distintos desde que a propriedade foi comprada em 21 de Maio de 2001: 1º- a incompreensível demora administrativa na aprovação dos respectivos projectos; 2º o desnecessário embargo da obra imposto pelo IPPAR por causa do telhado do Solar; e 3º o lamentável acidente de trabalho que vitimou dois operários em 05 de Maio de 2005. Além disso, a crise económica que tem assolado o País desde o ano de 2001 afecta também a parte financeira deste projecto, em que os capitais disponíveis nunca foram suficientes para garantir o ritmo que era necessário e desejável.Provavelmente, os acontecimentos recentes e o passado histórico do Edifício já despertaram a atenção de muitas pessoas ligadas à história e não só. Com o interesse em desenvolver um estudo mais aprofundado, seria de todo importante que o tema em questão ganhasse mais adeptos com a verdadeira História do Solar dos Pimenteis e o porquê de todos estes acontecimentos, isto porque a existência deste belo exemplar de arquitectura já marcou uma época e pode marcar a diferença no futuro. Por outro lado, salienta-se ainda um dado que não é do conhecimento de todos, mas que é digno de ser realçado – a razão pela qual o Solar dos Pimenteis nunca ter sido concluído na sua totalidade?Em síntese, esperamos pois que a obra de Recuperação e Adaptação do Solar dos Pimenteis não volte a parar para que num futuro próximo todos possam testemunhar o empenho dos que têm lutado pela desejável conclusão deste Empreendimento Hoteleiro.
Por: Hirondino Isaías
SECÇÃO: Opinião
Solar dos Pimenteis – Turismo e História Começa a História do Solar dos Pimenteis, sito em Castelo Branco, concelho de Mogadouro, com a vontade dos Senhores de São João da Pesqueira e Marqueses de Távora de aqui fixar uma residência e sede de comenda.Os eventos que levam por fim à execução desta família, por Decreto de D. José I, têm como consequência a extinção dos títulos e a passagem de honras e comendas para outras famílias. É assim que, por outro Decreto Real, se confere à nobre família Morais Pimentel a propriedade que inclui o Solar dos Pimenteis.São os seus primeiros proprietários família da alta aristocracia com os gostos requintados pelos diferentes títulos e pelos cargos como o de vice-rei na Índia e embaixadores nas cortes europeias. Dessa vivência a natural absorção de hábitos e costumes urbanos que apesar da ruralidade da área integram o desenho do edifício. Afigura-se como provável que na génese do monumento estejam a projecção de valores e o usufruto de uma paisagem e ambiente que o tempo pouco alterou e hoje nos remete para a função do turismo ao colocar-se como oferta a uma clientela onde a principal premissa é a qualidade.Um registo do passado e um investimento no futuro da Região com impactos positivos na economia mas também na qualidade de vida das suas gentes através das requalificações do espaço envolvente ou da oferta e promoção do emprego especializado. A iniciativa de promover uma unidade hoteleira no antigo Solar dos Pimenteis, representa a união perfeita entre a história e o turismo do Nordeste Transmontano, e uma nova forma de encarar o futuro daquela que é e será sempre a nossa terra de sonhos – Trás-os-Montes. É graças a um investimento privado e a uma equipa de grande qualidade, que o Solar dos Pimenteis deixa, definitivamente, o estado de abandono em que se encontrava à mais de 50 anos, onde o risco de derrocada eminente foi posta completamente de lado graças a uma intervenção pronta e rigorosa.Quis o destino, tal como noutros tempos, dificultar um processo que já pela sua natureza complexa não poderia ser resolvido com grandes facilidades. Entre as vicissitudes previstas e os acontecimentos inesperados, o Projecto financeiro de recuperação e de adaptação do Solar dos Pimenteis, a uma unidade hoteleira de qualidade, parou por três períodos distintos desde que a propriedade foi comprada em 21 de Maio de 2001: 1º- a incompreensível demora administrativa na aprovação dos respectivos projectos; 2º o desnecessário embargo da obra imposto pelo IPPAR por causa do telhado do Solar; e 3º o lamentável acidente de trabalho que vitimou dois operários em 05 de Maio de 2005. Além disso, a crise económica que tem assolado o País desde o ano de 2001 afecta também a parte financeira deste projecto, em que os capitais disponíveis nunca foram suficientes para garantir o ritmo que era necessário e desejável.Provavelmente, os acontecimentos recentes e o passado histórico do Edifício já despertaram a atenção de muitas pessoas ligadas à história e não só. Com o interesse em desenvolver um estudo mais aprofundado, seria de todo importante que o tema em questão ganhasse mais adeptos com a verdadeira História do Solar dos Pimenteis e o porquê de todos estes acontecimentos, isto porque a existência deste belo exemplar de arquitectura já marcou uma época e pode marcar a diferença no futuro. Por outro lado, salienta-se ainda um dado que não é do conhecimento de todos, mas que é digno de ser realçado – a razão pela qual o Solar dos Pimenteis nunca ter sido concluído na sua totalidade?Em síntese, esperamos pois que a obra de Recuperação e Adaptação do Solar dos Pimenteis não volte a parar para que num futuro próximo todos possam testemunhar o empenho dos que têm lutado pela desejável conclusão deste Empreendimento Hoteleiro.
Por: Hirondino Isaías
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