Revisitando Castelo Branco

30/04/2012

Tradição das sopas chises.

Autor: Lídia Susana Tavares

A matança do porco é sempre uma ocasião de confraternização da família e amigos. Um encontro de alegria com sabores inconfundíveis  e tradicionais no mês de Dezembro. Nesta ocasião são preparados alguns dos pratos mais interessantes de nossa culinária albicastrense, como por exemplo, as sopas chises. Estas fotos foram tiradas na época certa, mas porem só agora as pude publicar.

Para a Lídia Suzana, meu muito obrigado pela partilha.

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TEMPO CONTADO: Exame

TEMPO CONTADO: Exame

26/04/2012

Sabores albicastrenses

Autor: Marina Craveiro

Um festival de aromas e sabores albicastrenses.

Marina, Orlete, Dometília, Dulce, Maria,

Sabores e saberes albicastrenses, economicos e bolo preto.

ultimas 043 ingredientes selecionados com muito esmero Marina e Orlete preparam o "bolo preto". Cada ingrediente é na medida certa para compor esta deliciosa receita gastronomica albicastrense, que foi passada de mãe para filha. alquimia dos sabores e saberes albicastrenses Maria dá o toque pessoal na receita. Cada pitada tem seu motivo e porque, nada é por acaso nesta mistura de sabores. Marina e Orlete concentradas enquanto separam os ingredientes. o aroma de canela toma conta do ar... Marina a preparar  as raspas de laranja, o toque de aroma que faz o bolo ficar perfumado e com mais vida! Orlete e Marina preparam a massa. A mistura de ingredientes tem ciência tambem, há que fazer tudo a tempo e modos certos para que a massa fique aerada e de o toque final na hora que vai ao forno. Afinal o bolo preto tem que ser molhado intenso e com os "olhos da massa em formato de favos" quem já provou sabe.  Maria acrescenta o leite morno, para finalizar a massa. E aos poucos a farilha, ovos, açucar, canela, e o leite são misturados e encorpados na massa, está quase pronto. Mas nisso tudo tem o saber de muitas gerações. O ponto da massa e a combinação faz a diferença...

Maria dá o ultimo toque no forno. E dá uma conferida para ver se já está no ponto ou precisa de mais lenha. Forno frio deixa o bolo sovado quente demais torra a massa e deixa o bolo seco. O ponto do forno faz a diferença no resultado final da receita. Dulce, Dometilia e Marina, com as mãos na massa a preparar nas formas os econômicos. Massa espalhada, uma pitada de açucar por cima e está pronta a forma para ir ao forno dourar estas maravilhas que só as mãos albicastrenses fazem com tanta maestria. Econômicos: simples mas tão saborosos. Inconfundiveis Dulce e Dometilia, concentradas a fazer mais uma forma de economicos. O resultado final depois de ir ao forno. A massa cresce e o açucar cristaliza e deixa a massa crocante e tentadora. São servidos? Pudera, dá para sentir o aroma e o sabor só de olhar dá agua na boca... Marina orgulhosamente apresenta, uma fornada de "bolos pretos". Pena que a foto nao registra o aroma da massa quentinha. Fica a memoria olfativa de cada albicastrense a fazer a agua crescer na boca e a matar de saudades de uma fatia deles. A prova de que ficaram maravilhosos é de que nem elas aguentaram sem provar Orlete tira do forno uma forma de economicos no ponto. Hummmm tão bons... Querem provar?

Maria sempre a cuidar do forno e da fornada, nao se pode descuidar. O resultado final, ainda nas formas a esfriar para serem tirados sem quebrar um pedacinho sequer. Daqui a pouco vão sair de castelo branco com destino as casas das filhas, filhos e netos que moram nas cidades grandes. O sabor e o saber de Castelo Branco tem o gosto e o carinho  de mãe.

Fotos enviadas por Marina Craveiro 

09/04/2012

Folar em Florianópolis

Autor: Luis Pardal

Pascoa, folar de florianópolis.

O folar é tradicionalmente o pão da Pascoa, um alimento ancestral fruto da mistura ritual e alquímica da água , azeite, sal, ovos e farinha de trigo.

Ele representa a saida da quaresma, do jejum e abstinencia que o rito católico prescreve. A tradição do folar tem como base todo um ritual de partilha, solidariedade e confraternização, bem enraizado na gastronomia popular albicastrense que se perde no tempo e profundamente carregado de significado simbólico e religioso.

É também a oferenda aos afilhados pelos padrinhos e dos fiéis ao padre pela época da Páscoa. Existe neste acto uma ligação muito forte entre este e o pão que Jesus repartiu com os discípulos na última ceia.

Nalgumas receitas é encimado por um ovo cozido com casca, que representará simbolicamente o renascimento e Ressurreição de Jesus Cristo. Particularmente no nordeste de Trás-os-Montes em Castelo Branco  o folar é confeccionado à base de massa fofa e recheado com carne de porco, Presunto, Salpicão e Linguiça.

Na minha aldeia e tradiçao da segunda feira de Pascoa a visita do padre as casas para tirar o folar. A benção das casas, o pagamento do dizimo, pode ser considerado um verdadeiro elo de união entre o Terreno e o Divino pela carga simbólica que representa.

Deixo aqui a foto do folar que fiz este ano aqui em Florianopolis.

Feliz Pascoa!

Forte abraço,

Luis Pardal

04/04/2012

Tradições albicastrenses.

Autor: Antonio Pires

 

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Artigos sobre tradição Pascal (clique para ler)

 

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