Revisitando Castelo Branco

28/12/2012

Canto das Janeiras


Juntem  todos os rapazes, vamos cantar as janeiras!
Começamos no carrascal, pelo eiró, vale e nas eiras.
Iremos de casa em casa pra louvar ao Deus menino,
Rabanadas, amêndoas, nozes, figos, e o vinho  fino.

Senhoras esperem, botem mais lenha no lume a lareira
Vamos a todas as casas sem faltar a alegria costumeira
Cantamos a Virgem Maria, Jose, pastores e reis magos
Ponham vinho a mesa, econômicos, uvas, alguns bagos

"Senhora que esta la dentro
sentada no seu banquinho
Venha-nos dar as janeiras
em louvor do Deus menino"

Moças solteiras esperai para ouvir os versos acordadas
Com cabelos soltos, lindos, com madeixas iluminadas,
Brindai com jerupiga ao ano novo cantigas de janeiras
Cantai as rimas com alegria, como nas antigas maneiras

Ainda agora aqui cheguei
pus o pé nesta escada.
Logo meu coração disse,
amora gente honrada!

Porque sempre vive quem vive a tradição de seus pais
Cantai cantai cantai com os gestos rimas e tudo mais
Cantai, nas casas, pelas ruas, de porta em porta, cantai
Um ano novo que chega com novas oportunidades cantai






09/10/2012

As vindimas na minha aldeia

Autor:Marina Craveiro

clip_image002Quando eu era rapariga e ainda estava solteira,

Era uma alegria cortar as uvas mas também no fim receber a“geira”!

Havia mais mocidade que agora há, na verdade,

Andávamos muito contentes,

Éramos grupos de muita gente.

Os dias passavam depressa,nem nos sentíamos cansados, para nós era uma festa!!!

Tractores ainda havia poucos!

Mas tínhamos os carros de madeira com juntas de bestas a puxar!

Levávamos os cestos na padiola para os carros carregar!

clip_image004Havia muita gente que não podia pagar!

Por vezes juntavam-se grupos que iam ajudar…

Outros ainda faziam a torna “geira”,

Assim não era tão grande a canseira!!

Faziam-se boas merendas e da hora estávamos atentos!

Ficávamos muito contentes ao ver pataniscas e chouriça,

Ou a galinha estufada com bastante cebolada,

Para saciar a fome a todo o camarada!

As uvas transportavam-se durante o dia para o lagar,

Pois com os carros de bestas levavam mais tempo a chegar.

Depois seriam pisadas mais á noite, a seguir ao jantar.

Seguia-se o vinho a ferver e o cango a levantar…

Está pronto o vinho mosto e já se pode incubar

Que é para todo o ano nas pipas se poder conservar.

Agora, basta esperar até o S. Martinho chegar,

Iremos á nossa adega o bom vinho provar,

Dizem mesmo,os entendidos, que no mundo não háigual!

Aqui na nossa Aldeia já há pouco para vindimar.

As vinhas dão muito trabalho e já ninguém quer plantar!

Apenas paraconsumo próprioo lavrador faz o cultivo,

Com a despesa que há não compensa em quantidade cultivar!

Acabei a minha prosa, pensando no que a minha mãesempre diz:

“Se o novo quisesse e o velho pudesse, não haveria coisa que não se fizesse!”

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Marina Craveiro,26 de Setembro de 2012

02/09/2012

Orgulho albicastrense. Convite!

Autor: Luís Pardal
Na quarta feira, 12/09/2012, dia nossa Senhora da Vila Velha,  a Albicastrense Maria da Conceição Quinteiro lança, o livro “Viver a dois em tempos de incerteza” pela editora Nova Delphi, na Universidade Nova de Lisboa.
Segue convite.
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Maria Quinteiro nasceu em Castelo Branco, aldeia de Trás-os-Montes, concelho de Mogadouro, distrito de Bragança, Portugal. Luso-brasileira migrante em São Paulo, estudou Ciências Sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, onde defendeu mestrado e doutoramento na área de Sociologia. Foi investigadora visitante no Center for Cross Cultural Research on Women, University of Oxford, no Instituto de Ciências Sociais — ICS, da Universidade de Lisboa e no mestrado de Estudos sobre as Mulheres, na Universidade Aberta, Lisboa. Atualmente é investigadora do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da Universidade de São Paulo e investigadora convidada do Centro de Investigação em Ciências Sociais da Universidade do Minho. É coordenadora do grupo de Estudos Género, Mulheres e Temas Transnacionais — GEMTTRA.
Leia artigo da autora aqui no blog: “Portuguesas para o Brasil o Sonho Sonhado      … “Para minhas tias Isabel, Luísa, Dorotéia e Ilda, Pardal. Teresa, minha mãe. Que nasceram e viveram nessas aldeias.”(Clique para seguir o link e ler o restante do texto)
Forte abraço albicastrense.
Luís Pardal


08/08/2012

NOSSA SENHORA DO CAMINHO

Autor: António José Salgado Rodrigues

 

SR DO CAMINHO CAPELA il

 

No meu tempo de criança,
Quando era  inocentinho,
Eu já punha a minha esp”rança
          Na Senhora do Caminho.           

Aprendi a venerá-la
Ao colo de minha mãe,
Que me ensinou a invoca-la
Nos males que o mundo tem.

Render-lhe a minha homenagem
Oh! quantas  vezes eu ia !
Encantava-me essa imagem,
Linda imagem de Maria.

Sempre que eu a contemplava
Voltada p”ra Mogadouro,
Par”cia nos ofertava
Do coração o tesouro.

Na pequena e pobre ermida,
Mesmo á beira da estrada,
Como que a todos convida
Para a celeste morada.

Ninguém passa por ali
Sem a cabeça inclinar;
E muitas vezes eu vi
Que paravam a rezar.

Agente da minha terra,
E a dos povos ao redor,
E o pastorinho da serra
Consagram-lhe muito amor.

É que nunca esqueceram,
Cada um de pequenino,
Os favores que deveram
À Senhora do Caminho.

Quem padece uma aflição,
Vai a caminho da ermida,
A pedir a proteção
Da Virgem Santa e querida.

E não sei que alguém saísse
Desse recinto sagrado,
Sem que logo se sentisse
Muito e muito aliviado.

Ali a mãe não se esquece,
Ao embalar o filhinho,
De dirigir uma prece
Á senhora do Caminho.

Mãe piedosa!  ela murmura
Junto do berço a rezar –
Ó bondosa, santa e pura,
Vem meu filho encaminhar.

E a criança vai ouvindo
As preces de sua mãe,
Ergue as mãozinhas sorrindo,
E reza á virgem também

Desde então fica gravada
Em seu coração tenrinho,
Aquela imagem sagrada,
Da Senhora do Caminho.

E se algum dia gemeu
Sob o peso da desdita,
A quem é que recorreu?
Á Virgem Santa e bendita.

Bem aja a mãe que ensinar
O filho, de pequenino,
A bem dizer e amar
A Senhora do Caminho.

Autor: António José Salgado Rodrigues

07/08/2012

O IMIGRANTE

Autor: Alberto Paulo


I
Ao partir já com saudade,
A vossa aldeia abraçais,
Beijos de fraternidade
Abraços com ansiedade,
Pode ser p´ra nunca mais.

II
Vai p´ra um país melhor,
Já sem malas de cartão,
Mas há na boca amargor,
Dentro do peito um furor,
Que abala o coração.

III
Esforço, trabalho duro,
Esperam o imigrante,
Só a pensar no futuro
Que sabem ser inseguro
E no país já distante.

IV
A mulher trabalhadora,
Que também cuida dos filhos,
Quantas vezes ela chora,
Suspirando d´ora à hora,
Em desconhecidos trilhos.

V
Lutar por vida melhor,
Não é a única meta,
É ter um filho Doutor,
Viver em paz e amor,
Ser avó, ter uma neta.

VI
Fazer casa, ter um lar,
Voltar ao seu Portugal,
Ouvir o sino tocar,
Pegar o terço e rezar,
Bendita terra natal.

01/08/2012

Nostalgia

 

Nostalgia em olhares pela história

No jardim de Mogadouro

Autor: Marina Craveiro

CAPELA SRA DO CAMINHO MOGADOURO

Admirando a paisagem
Sentada neste banco
Belos jardins nos rodeiam
Estou também neste canto

A nossa mãe do caminho
Está aqui ao pé de mim
Ela me acompanha sempre
Que eu venho para aqui

Logo bem cedo ao chegar
Tenho um encontro com ela
Peço-lhe para me guiar
Vendo-a na sua capela

A porta está fechada
Mas eu vejo-a muito bem
Eu olho-a bem nos olhos
Porque ela é nossa mãe

Eu vou falando com ela
Todos os dias rezando
Que me ilumine o caminho
Por onde eu vou andando

Pelo que tens feito por mim
Obrigada minha mãe
Porque sempre tu me ouves
Eu te agradeço também.

Marina Craveiro

30/07/2012

Migalhas

Por: Albano Solheira

 

Migalhas

“Crônicas de tempos idos”

Capitulo I

A existência toma as cores do tempo. Cada estação da vida tem seu modo de ser e de estar nos dias. Há uma época em especial em que o corpo nega as forças ao pensamento e mesmo que a vontade teime em querer fazer algum movimento, ele tem que ser programado e posto em pratica, de forma conjugada, devagar. Negam-se os músculos, negam-se as pernas e até a mente começa a teimar por conta própria não querer ir a lugar algum.

Antonio vivia assim. Sem pressa nem desassossego, no ritmo de seu corpo cansado, atrofiado pelos trabalhos. Foram tantos invernos, que há muito perdera a conta dos anos. Mas que importância isso tem, se a vida é um dia de cada vez, não há porque contar ou marcar algo que não acrescenta só subtrai. Vivia, isso bastava…

Esquecera quem era ha muito. Foi um criado por escolha propria. Ao meio da vida, trocou o ser, por cama e comida na casa dos outros. Preço alto, muito caro e que só agora ao fim dos dias, reconhecia o erro de trocar trabalho por farelos e vianda. Entregou sem valor a juventude e a meia idade aos patrões. Agora sem a força dos braços para o serviço, era um peso, um invalido. Não valia a comida que comia. Esqueceram rapidamente dos anos de didicação, de nada valeram. Juntaram os trapos o colchao de palha onde dormia e puseram tudo a porta do curral. Depois o filho do patrão mandou outro criado para lhe dar a noticia que ele tinha que sair dali, o patrão não tinha mais serviço.

Com uns vinte e poucos saiu para correr mundo ao terminar o serviço militar. O exercito mostrou horizontes maiores que os da aldeia onde nasceu e de onde nunca tinha saido até ser recrutado. Jurou não voltar. Mas a vida tem seus proprios caminhos.

Quando deu a baixa, ficou na cidade grande, mas logo saiu para terras menores. Era estranha a lida nas fabricas. Nao se imaginava trancado o dia inteiro sem ver o céu. Não exitou, e saiu sem destino. Trocava o trabalho por alguns vintens para vinho e comida. E assim começou a andar, por onde lhe davam trabalho e função rodou terras e lugares. Foi pastor, guardou vacas, ajudou nas segadas, das colheitas, nas vindimas, na azeitona, mas nao se fixou a nenhum lugar, como se tivesse uma força que o fazia ir alem sem nunca se deter ou criar raizes.

Ninguém sabia de onde viera e nem mesmo ele lembrava ao certo porque ali chegara também. Um dia cansado de andar sem eira nem beira, pelos caminhos e terras, chegou à porta do um curral que fica a entrada do povoado e sem que ninguém nem nada lhe dissesse o motivo, parou. Olhou a cancela da entrada e resolveu ficar ali para oferecer o trabalho em troca de cama e comida.

Imóvel, na porta do curral, como um cão do gado encolhido ao sol a espera do pastor até a hora de soltar as ovelhas, ficou a espera que o dono aparecesse . Nem mesmo a barriga vazia e os pés doidos e congelados o fizeram sair do dali. Não tardou, e os criados chegaram. Olhos dormentes, encolhidos pelo frio da geada apressados para atender o mugido das vacas e o grunhido dos porcos que cientes do horário da lida. Fez um juramento de nao voltar, e agora sem porquê nem motivo, ali estava no mesmo lugar de onde saira anos atras. Ao ve-lo o patrao sorriu, e sem muitas palavras deu ordens para aceita-lo ao serviço.

Com dificuldade saiu com a trouxa as costas. Mudou todos seus pertences para um palheiro perto do semitério que estava vazio sem gado nem palha. Em um dos cantos fez uma mureta com cantaria para servir de murilho pra lareira. Almas caridosas deram-lhe uma panela para cozer as batatas. E  assim sem ter onde cair morto passou a viver os dias na solidão da caridade alheia.

No rigor do inverno uma geada mais forte congelou o telhado e a alma do Antonio, partiu enfim.

Albano Solheira

Olhares

 

 

Olhares por tras os montes

26/06/2012

15º Convívio Albicastrense em Lisboa

Autor: Alberto Paulo

Dia vinte e quatro de junho de 2012 foi um grande dia para os Albicastrenses, festejou-se o 15º convívio no parque do Monsanto tudo esteve maravilhoso. O meu obrigado aos organizadores pois tiveram de madrugar e reservar as mesas para quem não pode chegar tão cedo.

Lá pelas nove horas o pessoal foi chegando e era ver o sorriso de alegria nos rostos das pessoas que já não se viam desde o ano anterior, abraços, beijinhos e dois dedos de conversa.

Passado algum tempo, tempo que nestas alturas passa muito depressa, já as mesas estavam repletas de iguarias de fazer crescer água na boca, dei uma volta pelas mesas e quando cheguei à minha já quase não tinha fome, pensei até como seria bom ter um estômago de reserva para estas ocasiões.

Pela tarde fora houve de tudo um pouco, o que mais me despertou a atenção foi um grupo de rapazes uns a jogar o fito e outros a relha, para meu espanto a relha era um picareto, tudo serve quando se trata de matar saudades e de queimar algumas calorias.

Uma palavra de agradecimento ás pessoas que se deslocaram de Leiria e das Caldas da Rainha, e aos jovens que vieram propositadamente de Castelo Branco fortalecendo assim os laços que unem todos os Albicastrenses.

Mais uma vez obrigado aos organizadores que através da venda de rifas e canivetes angariaram fundos que revertem a favor da festa da nossa aldeia.

Alberto Paulo

27/05/2012

15º. Piquenique albicastrense 2012

Autor: António Pires

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Participa!O piquenique em 2012 será no 24 de junho.

Diferente de outros anos o local mudou para o PARQUE KEIL DO AMARAL que fica a 200 m do anterior. Para não haver dúvidas teremos setas a indicar o novo local.

30/04/2012

Tradição das sopas chises.

Autor: Lídia Susana Tavares

A matança do porco é sempre uma ocasião de confraternização da família e amigos. Um encontro de alegria com sabores inconfundíveis  e tradicionais no mês de Dezembro. Nesta ocasião são preparados alguns dos pratos mais interessantes de nossa culinária albicastrense, como por exemplo, as sopas chises. Estas fotos foram tiradas na época certa, mas porem só agora as pude publicar.

Para a Lídia Suzana, meu muito obrigado pela partilha.

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TEMPO CONTADO: Exame

TEMPO CONTADO: Exame

26/04/2012

Sabores albicastrenses

Autor: Marina Craveiro

Um festival de aromas e sabores albicastrenses.

Marina, Orlete, Dometília, Dulce, Maria,

Sabores e saberes albicastrenses, economicos e bolo preto.

ultimas 043 ingredientes selecionados com muito esmero Marina e Orlete preparam o "bolo preto". Cada ingrediente é na medida certa para compor esta deliciosa receita gastronomica albicastrense, que foi passada de mãe para filha. alquimia dos sabores e saberes albicastrenses Maria dá o toque pessoal na receita. Cada pitada tem seu motivo e porque, nada é por acaso nesta mistura de sabores. Marina e Orlete concentradas enquanto separam os ingredientes. o aroma de canela toma conta do ar... Marina a preparar  as raspas de laranja, o toque de aroma que faz o bolo ficar perfumado e com mais vida! Orlete e Marina preparam a massa. A mistura de ingredientes tem ciência tambem, há que fazer tudo a tempo e modos certos para que a massa fique aerada e de o toque final na hora que vai ao forno. Afinal o bolo preto tem que ser molhado intenso e com os "olhos da massa em formato de favos" quem já provou sabe.  Maria acrescenta o leite morno, para finalizar a massa. E aos poucos a farilha, ovos, açucar, canela, e o leite são misturados e encorpados na massa, está quase pronto. Mas nisso tudo tem o saber de muitas gerações. O ponto da massa e a combinação faz a diferença...

Maria dá o ultimo toque no forno. E dá uma conferida para ver se já está no ponto ou precisa de mais lenha. Forno frio deixa o bolo sovado quente demais torra a massa e deixa o bolo seco. O ponto do forno faz a diferença no resultado final da receita. Dulce, Dometilia e Marina, com as mãos na massa a preparar nas formas os econômicos. Massa espalhada, uma pitada de açucar por cima e está pronta a forma para ir ao forno dourar estas maravilhas que só as mãos albicastrenses fazem com tanta maestria. Econômicos: simples mas tão saborosos. Inconfundiveis Dulce e Dometilia, concentradas a fazer mais uma forma de economicos. O resultado final depois de ir ao forno. A massa cresce e o açucar cristaliza e deixa a massa crocante e tentadora. São servidos? Pudera, dá para sentir o aroma e o sabor só de olhar dá agua na boca... Marina orgulhosamente apresenta, uma fornada de "bolos pretos". Pena que a foto nao registra o aroma da massa quentinha. Fica a memoria olfativa de cada albicastrense a fazer a agua crescer na boca e a matar de saudades de uma fatia deles. A prova de que ficaram maravilhosos é de que nem elas aguentaram sem provar Orlete tira do forno uma forma de economicos no ponto. Hummmm tão bons... Querem provar?

Maria sempre a cuidar do forno e da fornada, nao se pode descuidar. O resultado final, ainda nas formas a esfriar para serem tirados sem quebrar um pedacinho sequer. Daqui a pouco vão sair de castelo branco com destino as casas das filhas, filhos e netos que moram nas cidades grandes. O sabor e o saber de Castelo Branco tem o gosto e o carinho  de mãe.

Fotos enviadas por Marina Craveiro 

09/04/2012

Folar em Florianópolis

Autor: Luis Pardal

Pascoa, folar de florianópolis.

O folar é tradicionalmente o pão da Pascoa, um alimento ancestral fruto da mistura ritual e alquímica da água , azeite, sal, ovos e farinha de trigo.

Ele representa a saida da quaresma, do jejum e abstinencia que o rito católico prescreve. A tradição do folar tem como base todo um ritual de partilha, solidariedade e confraternização, bem enraizado na gastronomia popular albicastrense que se perde no tempo e profundamente carregado de significado simbólico e religioso.

É também a oferenda aos afilhados pelos padrinhos e dos fiéis ao padre pela época da Páscoa. Existe neste acto uma ligação muito forte entre este e o pão que Jesus repartiu com os discípulos na última ceia.

Nalgumas receitas é encimado por um ovo cozido com casca, que representará simbolicamente o renascimento e Ressurreição de Jesus Cristo. Particularmente no nordeste de Trás-os-Montes em Castelo Branco  o folar é confeccionado à base de massa fofa e recheado com carne de porco, Presunto, Salpicão e Linguiça.

Na minha aldeia e tradiçao da segunda feira de Pascoa a visita do padre as casas para tirar o folar. A benção das casas, o pagamento do dizimo, pode ser considerado um verdadeiro elo de união entre o Terreno e o Divino pela carga simbólica que representa.

Deixo aqui a foto do folar que fiz este ano aqui em Florianopolis.

Feliz Pascoa!

Forte abraço,

Luis Pardal

04/04/2012

Tradições albicastrenses.

Autor: Antonio Pires

 

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REVISITANDO CASTELO BRANCO: Visita Pascal 2011 27 Abr 2011

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