Revisitando Castelo Branco

26/12/2009

Missa do Galo e fogueira

Fogueira e Missa do Galo de 2009


Fotografias de Isaias Cordeiro
Artigo Escrito por Arlindo Parreira

Natal em Castelo Branco é um dia de confraternização.
Os imigrantes vêm de toda parte do mundo juntar-se aos familiares e amigos para confraternizar, perdoar algumas desavenças mal entendidos, etc.
É Natal, basta um olhar amigo um sorriso aperto de mão, e não precisa palavras, é assim a gente de Castelo Branco.
Relembrar as tradições começa na ceia todos de volta da fogueira
Sentados a mesa na cozinha comendo o bacalhau com toros de couve, o polvo batatas cozidas com, acompanhado de um tinto tirado do pipo, quebram-se umas nozes uma boa aguardente enquanto se come um fala-se de tudo, o que não se falou ao telefone, ou por carta. É preciso acertar Certas duvidas, enquanto vai passando o tempo está quase na hora da missa do galo. Veste-a Samarra, como botas de cano alto, depois da missa é preciso ir agasalhado para ver a fogueira do galo.
A rapaziada prepara uma fogueira, durante o dia andamos de casa em casa pedir uns rachos para uma fogueira, carrega-se no carro de bois puxado por os rapazes. Para acender uma fogueira precisa de um mordomo, que é Nomeado ali mesmo, só ele pode acender uma fogueira, ele vai ser o responsável por o que acontecer POSSA vir, não pode deixar aproximar do Braseiro Crianças, idosos etc rapazes. Alguns pulam a fogueira , enquanto não esta no ponto alto, um garrafão de vinho passa de mão em mão um trago bebendo. Outro de aguardente também faz parte da tradição. O Mordomo atixa uma fogueira com um pau de 3 metros, vai virando os troncos. Depois vai afastando os Meios já embriagados.
O mordomo era quase sempre o mesmo, o "RAMIRO malandras" bem conhecido por todos, sempre atento ameaçando com o pau de brasa em Ponta todos que tentavam passar o circulo marcado por ele. Grande Ramiro ...
Sempre correu tudo bem graças ao seu Empenho e dedicação. A lenha ia acabando, dava-se mais uma volta pedir mais, mas Àquela hora a maior parte estava dormindo trazia-se mesmo assim ninguém reclamava, era Natal. Em 1986 fui passar o Natal a minha terra, a lenha estava a acabar chamei OS RAPAZES dei uns tratores de retaços da Serração, e uma malhadeira, um espetáculo, uma fogueira costumava durar ate ao ano novo, é assim que era naquele tempo
Arlindo Parreira

Igreja preparativos II
Igreja preparativos fogueira do galo II fogueira I fogueira III fogueira IV

12/12/2009

Fotogenia Micológica

 

Exposição fotográfica temática de:

Guilherme Sanches

A partir de sábado, 11 de Dezembro no Clube de Ténis de Braga. Participe do evento!
CARTAZ 2 Low
Maiores detalhes no blog do autor:
Siga o link da imagem!

Kugumelos

07/12/2009

O COLO DE MINHA MÃE

Autor:  Alberto Paulo

 

Luís,

Todos os dias vou ao portal ver se há novas notícias parece que estamos mais perto da aldeia. Eu é que te agradeço por publicares os meus poemas, é uma forma de partilhar as saudades da nossa terra natal, e como estamos em plena quadra natalícia e amanhã dia 8 é dia de Nossa Senhora da Conceição e era o dia da mãe, pensei  enviar-te este poema e uma foto da tua mãe «minha madrinha» que tirei em Setembro de 2005 em Lagoaça numa visita que fizemos à minha irmã.

Um abraço do teu amigo. Alberto Paulo.

I

O meu sono mais perfeito,

Foi ao colo de minha mãe,

Agora quando me deito.

Desconfio até do leito,

E o sono nunca mais vem.

II

Mil histórias me contaste,

E ás vezes fiz-te chorar,

Quantas vezes me beijas-te,

Sempre pronta a perdoar.

III

Foste mulher, foste mãe,

E do teu fruto fecundo,

Virá quem diga também.

Que o amor de qualquer mãe

É o maior amor do mundo.

IV

Obrigada minha mãe,

Por tudo o que me ensinaste,

Recebe um beijo também,

P’las vezes que me beijaste.

V

Quando eu morrer minha mãe,

Pede à Virgem Maria,

Que guarde minha alma também,

No seu colo noite e dia.

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