22/04/2008
15/04/2008
A fogueira do Galo.

No dia 24 de Dezembro os rapazes solteiros e alguns casados juntam-se para irem buscar a lenha para a Fogueira do Galo. Inicialmente iam de casa em casa a pedir lenha em carros de bois ou com juntas de machos e mulas. Quando carregavam os carros levavam a lenha para o largo da Casa Grande e iam ageitando os toros os galhos e giestas para acenderem a fogueira na hora da Missa. Curiosamente, nos últimos 20 anos este trabalho, que sempre foi feito manualmente começou a ser realizado de forma mais mecanizada. Assim e para proporcionar maior eficiencia foram inseridos ao ato de recolher a lenha apetrechos que tornassem o o processo mais rápido e aumentassem a produtividadade da malta. Hoje utilizam, tratores, retro-escavadeira e outras maquinas que contribuem para a realização de fogueiras descomunais.
Fotos: Artur Claro
Paisagem Caminho Vale de Cabreiro
Campanário da Igreja
Vista da Casa Grande
Acesso ao campanário da Igreja de Castelo Branco
13/04/2008
Matar Saudades - Fotos Rui Branco
From: Rui Branco
Sent: Thursday, April 10, 2008 5:34 PM
To: joseluispardal@hotmail.com
Subject: Olá
Caro Luís Pardal,Espero que esteja tudo bem consigo e com a sua família.Pude passar em http://revisitandocastelobranco.blogspot.com/ e gostei muito.O que daria para passar uns dias em Castelo Branco??!!Eu sinto o mesmo, mas estou melhor, estou mais perto!!Vou enviar-lhe umas fotos, poucas, que tirei em Castelo Branco o Verão passado, e ao menos que lhe sirvam para ...sei lá, como eu, olhar, olhar, e lembrar coisas boasUm Abraço,Rui BrancoPS: estou a enviar-lhe pelo Gmail por ser mais fácil anexar fotos.

09/04/2008
Ao toque dos sinos
A aldeia acorda lentamente. Algumas lareiras já estão acesas e os chupões espalham no ar frio da manha, um bafo quente e esbranquiçado que se eleva acima dos telhados. Aos poucos a vida retoma o curso. A luz pálida da aurora treme no brilho branco metálico, dos telhados com geada. No céu as estrelas começam a desaparecer cansadas da longa e fria noite. O sol a espreguiçar os braços nos cabeços da aldeia, alonga o corpo por todos ribeiros e caminhos e firma o dia. A luz muda a cada segundo.

Uma trilha sonora começa a crescer por todos os cantos da aldeia. Galos cantam ao desafio, e são seguidos pelo cacarejar das galinhas que ficam a reclamar aborrecidas, com tanta vontade de cantar a esta hora do dia dos seus parceiros. Ouvem-se os burros, as vacas, as mulas, os machos, enfim todos os outros animais, a pedir o tratamento antecipado antes que mais um dia de trabalho comece. Os sons crescem na mesma velocidade do fim da noite. Até os cães que sabem que ainda não é hora de ir para o gado vão bocejando alertados com tanto rebuliço.
O sino toca as Avé Marias. Três toques... pausa... três toques... pausa...três toques!
Os que ainda resistiam sentem-se agora convocados para o recomeço da vida. As mulheres já saíram da cama faz algum tempo. Com a lareira acesa vão pondo a mesa para o pequeno almoço. As labaredas das giestas secas a estalar na lenha de freixo começam a aquecer a casa e empurram o frio lá para fora. Hora de acordar os filhos, de chamar o marido, de apressar a todos...
Uma grelha aquece no braseiro da lareira enquanto espera as fatias de pão para torrar. Aos poucos os donos da casa vão chegando e, um a um sentam á roda do borralho. Filho vai lavar essa cara diz a mãe para o mais novo, que com medo da água fria, tenta sem sucesso, passar o inverno sem lavar o rosto. Antecipando a cada um que chega e senta ouve-se o barulho dos passos e o arrastar dos bancos da cozinha. Não conversam entre si, falam por sinais e monólogos, nesta mímica rotineira do dia a dia, sabem de cor a função e não precisam usar palavras.
As torradas a assar espalham no ar um gosto bom que se mistura com o aroma do café e do leite fervido. Na seqüência assam umas alheiras que vão para a mesa a juntar-se ao queijo de ovelha, azeitonas, fatias de presunto e salpicão. O frio e o trabalho pesado exigem, aos que vão ao trabalho no campo, um reforço no estomago, saco vazio não se tem de pé.
Com os corpos quentes e mais acordados sentam-se todos na mesa. Comem enquanto espantam o sono de vez. O corpo, reage ao alimento e finalmente toma as rédeas do sono para recomeçar a vida. Fazem os planos, distribuem tarefas e funções, acertam detalhes. Para arrematar o pai e a mãe reclamam da geada que pode queimar a amêndoa e um a um vão deixando a cozinha com a certeza de que a vida continua e precisa ser vivida.
Começa mais um dia na aldeia...
Uma grelha aquece no braseiro da lareira enquanto espera as fatias de pão para torrar. Aos poucos os donos da casa vão chegando e, um a um sentam á roda do borralho. Filho vai lavar essa cara diz a mãe para o mais novo, que com medo da água fria, tenta sem sucesso, passar o inverno sem lavar o rosto. Antecipando a cada um que chega e senta ouve-se o barulho dos passos e o arrastar dos bancos da cozinha. Não conversam entre si, falam por sinais e monólogos, nesta mímica rotineira do dia a dia, sabem de cor a função e não precisam usar palavras.
As torradas a assar espalham no ar um gosto bom que se mistura com o aroma do café e do leite fervido. Na seqüência assam umas alheiras que vão para a mesa a juntar-se ao queijo de ovelha, azeitonas, fatias de presunto e salpicão. O frio e o trabalho pesado exigem, aos que vão ao trabalho no campo, um reforço no estomago, saco vazio não se tem de pé.
Com os corpos quentes e mais acordados sentam-se todos na mesa. Comem enquanto espantam o sono de vez. O corpo, reage ao alimento e finalmente toma as rédeas do sono para recomeçar a vida. Fazem os planos, distribuem tarefas e funções, acertam detalhes. Para arrematar o pai e a mãe reclamam da geada que pode queimar a amêndoa e um a um vão deixando a cozinha com a certeza de que a vida continua e precisa ser vivida.
Começa mais um dia na aldeia...
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