Depois de uma fase de franca evolução das obras,um dos edifícios mais nobres e importantes do distrito de Bragança, o Solar dos Pimenteis, está novamente votado ao abandono e à espera de um novo investidor que lhe restitua a glória de outros tempos.
O projecto de turismotradicional para ali previsto trouxe ecos de desenvolvimento para a localidade mas passados cinco anos desde o arranque das obras, os capitais disponíveis nunca foram suficientes para garantir o ritmo que era necessário e desejável para concluir o empreendimento tão desejado.Agora, só um novo investidor pode salvar o nobre edifício de um futuro de abandono, tal como já esteve num passado muito recente.
O interesse de vários grupos hoteleiros turísticos nacionais e conversações com um investidor privado espanhol são a réstia de uma esperança, cada vez mais ténue, que o projecto turístico para o antigo Solar dos Pimenteis possa vir a ser concluído como inicialmente estava previsto e que prometia ser o maior investimento no sector jamaisvisto na região. As obras de requalificação e adaptação do edifício secular estão paradas desde Março de 2008 e, para já, ainda não há qualquer previsão para o recomeço daempreitada.
O interesse de vários grupos hoteleiros turísticos nacionais e conversações com um investidor privado espanhol são a réstia de uma esperança, cada vez mais ténue, que o projecto turístico para o antigo Solar dos Pimenteis possa vir a ser concluído como inicialmente estava previsto e que prometia ser o maior investimento no sector jamaisvisto na região. As obras de requalificação e adaptação do edifício secular estão paradas desde Março de 2008 e, para já, ainda não há qualquer previsão para o recomeço daempreitada.
Depois de uma fase de notória evolução das obras, actualmente, o Solar está novamente entregue ao abandono já que entre as vicissitudes previstas e os acontecimentosinesperados, o projecto financeiro de recuperação e de adaptação do Solar dos Pimenteis a uma unidade hoteleira de turismo tradicional parou por quatro períodos distintos desde que a propriedade foi comprada em 21 de Maio de 2001 por um investidor privado de Lisboa. A juntaraos percalços, a crise económica aliou-se definitivamente à parte financeira deste projecto, em que os capitais disponíveis nunca foram suficientes para garantir o ritmo queera necessário e desejável.
A unidade hoteleira de luxo ali a instalar trouxe ecos de grande desenvolvimento e fluxo de turistas nacionais e estrangeiros endinheirados. “Coisademais” sempre disseram os habitantes da aldeia pouco habituados a grandes empreitadas por aquelas bandas onde a agricultura ainda é o que sustenta a fraca economia local.
A unidade hoteleira de luxo ali a instalar trouxe ecos de grande desenvolvimento e fluxo de turistas nacionais e estrangeiros endinheirados. “Coisademais” sempre disseram os habitantes da aldeia pouco habituados a grandes empreitadas por aquelas bandas onde a agricultura ainda é o que sustenta a fraca economia local.
Uma profecia que infelizmente se confirmou já que depois de vários meses de obras intensas o projecto está agora totalmente parado “à espera de liquidez financeira”, explica o coordenador do empreendimento turístico, Hirondino Isaías. O responsável é peremptório ao afirmar que o projecto se mantêm, pois assim é a vontade dos investidores, “mas a actual crise e problemas pessoais que envolvem um dos principais accionistas estão a impedir oprosseguimento das obras”, comenta.
Para trás ficaram já quatro etapas importantes que “emperraram” o projecto: “Primeiro a incompreensível demora administrativa naaprovação dos respectivos projectos; segundo, o desnecessário embargo da obra imposto pelo IPPAR por causa do telhado do Solar; terceiro, o lamentável acidente de trabalho que vitimou dois operários em cinco de Maio de 2005; e por último, a falta de liquidez”, enumera o coordenador do projecto. É de consenso geral que a morte dos operários foi a fase mais difícil e problemática da empreitada já que a mancha de sangue marcará para sempre aquele projecto.
Para trás ficaram já quatro etapas importantes que “emperraram” o projecto: “Primeiro a incompreensível demora administrativa naaprovação dos respectivos projectos; segundo, o desnecessário embargo da obra imposto pelo IPPAR por causa do telhado do Solar; terceiro, o lamentável acidente de trabalho que vitimou dois operários em cinco de Maio de 2005; e por último, a falta de liquidez”, enumera o coordenador do projecto. É de consenso geral que a morte dos operários foi a fase mais difícil e problemática da empreitada já que a mancha de sangue marcará para sempre aquele projecto.
Recorde-se que a interrupção da empreitada foi provocada por um acidente de trabalho que vitimou dois operários quando estes procediam à descofragem de uma estruturade suporte de uma placa de cimento com um vão de cerca de 300 m2. O projecto de recuperação foi entregue a um arquitecto natural do concelho de Mogadouro e previa um investimento de cinco milhões de euros que teriam a comparticipação em 65 por cento do Fundo de Turismo.
O projecto tem uma área de construção de 6500 m2, o correspondente a 65 apartamentos. Em três anos de trabalhos foi gasto um milhão de euros e possibilitou a recuperação de fachadas e a requalificação do telhado do Solar que ameaçava ruir a qualquer momento. Além disso, foitambém recuperado ao antigo lagar para ali instalar um restaurante.
Mas as obras, que começaram a bom ritmo, depressa entraram numa fase de arranques e recuos. Com origem a remontar ao séc. XVIII, este edifício secular constitui um dos principais marcos arquitectónicos do concelho de Mogadouro e está classificado como Imóvel de Interesse Público. Dele se diz que tem tantas portas e janelas como dias tem o ano.
O imóvel está localizado junto à Estrada Nacional 221, numa zona de grande movimento, em pleno Parque Natural do Douro Internacional e foi mandado construir, em 1752, pela família dos Távoras,adquirindo brasão, em 1795, por carta de D. José. Apesar da importância histórica e arquitectónica do edifício, este encontrava-se em completo abandono e os sinais de derrocadacomeçavam a surgir assustadoramente.
A “casa grande”, como é conhecida pelos habitantes sempre foi um motivo de orgulho daquela localidade que sempre viram naquele edifício um marco de grandeza e nobreza que em outros tempos marcou alguma prosperidade económica já que os donos possuíam a maioria dos terrenos no concelho e que ocupavam grande parte dos abitantes na sua manutenção. Foi precisamente a beleza do edifício que chamou a atenção de um investidor privado que teve o mérito de conseguir comprar o Solar com o consenso dos vários herdeiros. Uma tarefa árdua já por várias vezes tentada por outros interessados, mas sem sucesso.
De acordo com Hirondino Isaías, "a sensibilidade e o bom senso demonstrados pelos herdeiros durante o processo de negociações foi decisivo para alterar o futuro do solar, que poderia estar condenado a ruína prematura, devido à falta de preocupação por parte do Estado para a recuperação de edifícios desta natureza". Foi precisamentea nobreza do edifício que captou a atenção do investidor que imaginou uma unidade hoteleira capaz de responder às exigências de um turismo de elevada qualidade e especialmente direccionado para o publico espanhol e da Europa do norte.
Devido à grandiosidade da empreitada os habitantes locais e aldeias vizinhas criaram grandes expectativas em relação a este projecto que prometia colocar o concelho de Mogadouro no mapa do TurismoTradicional. Mas agora o sentimento é bem diferente, já ninguém acredita que o empreendimento turístico possa algum dia ficar concluído. “Na aldeia fala-se muita coisa ecomenta-se que há muita gente interessada em comprar a casa mas o certo é que as obras estão paradas há mais de um ano”, comenta a habitante Liseta Claro.
A falta de emprego na região e os rendimentos parcos da agricultura fizeram acalentar as esperanças da criação de alguns postos de trabalho e a fixação de casais jovens nas imediações. A própria Liseta Claro tinha algumas expectativas de ali poder arranjar umas horas de limpeza ou outra coisa que fosse porque segundo diz “aqui os únicos empregos é na azeitona e amêndoa apenas em certas alturas do ano”.
Já Manuel Cordeiro mais saudosista lembra o tempo em que o Solar era habitado e dava trabalho a muita gente. “Era uma casa muito rica, tinham vários caseiros que tratavamdos olivais, amendoais, vinhas tinham um pastor e davam a ganhar muitas jeiras às pessoas o que lhes permitia viver durante o ano”, lembra. Questionado sobre os benefícios do empreendimento turístico, Manuel Cordeiro comenta que poderia ser uma infra-estrutura de desenvolvimento do turismo e do emprego, mas perante as evidências diz já nãoacreditar que isso possa acontecer. “Pelo que temos ouvido falar acabou-se o dinheiro e agora é difícil que alguém pegue nisto, o que é realmente uma pena porque é uma casamuito importante”.
Já Bernardino Mendes sentado no café mesmo em frente ao solar diz que mesmo que já não haja mais obras o que já foi feito é muito bom. “A casa estava totalmenteabandonada e praticamente em ruínas, assim pelo menos ficou com a fachada limpa e com um telhado novo”, lembra. Este septuagenário passa grande parte do tempo no café para ocupar as horas vagas que a reforma permite. Esse tempo permite-lhe garantir que é grande o número depessoas que ali param para admirarem a nobreza do secular edifício. “Não há um dia em que não haja turistas a ver a casa mas também não um que lamente a situação de abandono,é que”, acrescenta “apesar de ter dono, está abandonada e qualquer pessoa pode entrar nas instalações porque não há portas nem vedações”, critica. Mesmo assim, aponta para oimponente brasão na fachada principal da casa onde estão representadas quatro famílias nobres. “Não há casa assim com esta importância em todo os distrito e com um brasãotão bonito”, comenta o idoso enquanto observa a obra de arte.
O mesmo garante que a ideia de ali construir um espaço turístico tem todo o sentido, porque segundo diz, “clientesnão faltavam até porque o aeródromo de Mogadouro traria mais rentabilidade ao projecto”.Mas nem todo o pessimismo que paira na localidade de Castelo Branco abala a convicção do coordenador do empreendimento que realça as vantagens do projecto. “A iniciativa de promover uma unidade hoteleira no antigo Solar dos Pimenteis, representa a união perfeita entre a história e o turismo do Nordeste Transmontano, e uma nova forma de encarar o futuro daquela que é e será sempre a nossa terra de sonhos, Trás-os-Montes”.
Hirondino Isaías não tem dúvidas que esta obra “assenta num registo do passado e um investimento no futuro da região com impactos positivos na economia mas também na qualidade de vida das suas gentes através das requalificações do espaço envolvente ou da oferta e promoção do emprego especializado.
O coordenador do projecto acredita que as conversações com vários grupos hoteleiros nacionais e internacionais vão dar frutos e por em funcionamento o tão ambicionado projecto.
Solar dos Pimenteis, a“Casa Grande”
O solar foi construído na entrada da aldeia edificado em construção, de planta rectangular. Foi construído possivelmente já na segunda metade do século XVIII como parecem indicar ertos elementos decorativos, particularmente as molduras das janelas, que ostentam arapeitos de brincos e o remate ondulado, caracteristicamente barroco. Há inclusive, dados remotos que indiciam que os espaços verdes do local seriam similares aos espaços verdes do Palácio de Mateus em Vila Real. Os cumes que coroam a casa indicam uma época bastante vançada para a construção civil. Esta ostenta uma imponente fachada, articulada com largaspilastras, de bases pesadas e muito salientes, num tipo muito corrente no Norte por esta época. A fachada central conserva, entre as duas janelas, o grande brasão, magnífica peça heráldica. O que faz com que este seja um dos mais elegantes solares do distrito de ragança. Este edifício secular constitui um dos principais marcos arquitectónicos do concelho de Mogadouro e está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Foi mandado construir, em 1752, pela família dos Távoras, adquirindo brasão, em 1795, por carta de D. José I. Mais tarde, por outro Decreto Real, é conferida à família Morais Pimentel a ropriedade que inclui o Solar dos Pimenteis. São os seus primeiros proprietários família da alta aristocracia com os gostos requintados pelos diferentes títulos e pelos cargos como o de vice-rei na Índia e embaixadores nas cortes europeias. O Imóvel tem a particularidade de possuir 365 portas e janelas, uma por cada dia do ano.
O grupo empresarial de Lisboa pretendia instalar no antigo edifício um empreendimento turístico designado de Turismo Tradicional que consistia em três blocos. O bloco um, que engloba todo o edifício do solar, o projecto era constituído por 20 quartos, quatrosuites, um salão de festas e um auditório, recriando um ambiente próprio do século XVIII, altura em que foi construído o imóvel. A ideia era manter as linhas arquitectónicas, bem como as características do hall de entrada, corredores, capela e do salão nobre.
Nas imediações do solar chegou a ser criado o bloco dois onde nasceria uma unidade mais vocacionada para o turismo rural, para além de um ginásio, piscinas cobertas e descobertas, um court de ténis e um centro de equitação.
O bloco três previa a construção de uma zona de restauração, resultado de um trabalho de recuperação e adaptação de um antigo lagar de zeite. Numa segunda fase poderá ser criado um campo de minigolfe e equitação. Os planos reviam que a unidade não ia ficar-se pelo alojamento já que estavam a ser planeados passeiostodo-o-terreno, a cavalo e viagens de barco no Douro Internacional, para oferecer um rograma de actividades aos visitantes.
Mas as obras, que começaram a bom ritmo, depressa entraram numa fase de arranques e recuos. Com origem a remontar ao séc. XVIII, este edifício secular constitui um dos principais marcos arquitectónicos do concelho de Mogadouro e está classificado como Imóvel de Interesse Público. Dele se diz que tem tantas portas e janelas como dias tem o ano.
O imóvel está localizado junto à Estrada Nacional 221, numa zona de grande movimento, em pleno Parque Natural do Douro Internacional e foi mandado construir, em 1752, pela família dos Távoras,adquirindo brasão, em 1795, por carta de D. José. Apesar da importância histórica e arquitectónica do edifício, este encontrava-se em completo abandono e os sinais de derrocadacomeçavam a surgir assustadoramente.
A “casa grande”, como é conhecida pelos habitantes sempre foi um motivo de orgulho daquela localidade que sempre viram naquele edifício um marco de grandeza e nobreza que em outros tempos marcou alguma prosperidade económica já que os donos possuíam a maioria dos terrenos no concelho e que ocupavam grande parte dos abitantes na sua manutenção. Foi precisamente a beleza do edifício que chamou a atenção de um investidor privado que teve o mérito de conseguir comprar o Solar com o consenso dos vários herdeiros. Uma tarefa árdua já por várias vezes tentada por outros interessados, mas sem sucesso.
De acordo com Hirondino Isaías, "a sensibilidade e o bom senso demonstrados pelos herdeiros durante o processo de negociações foi decisivo para alterar o futuro do solar, que poderia estar condenado a ruína prematura, devido à falta de preocupação por parte do Estado para a recuperação de edifícios desta natureza". Foi precisamentea nobreza do edifício que captou a atenção do investidor que imaginou uma unidade hoteleira capaz de responder às exigências de um turismo de elevada qualidade e especialmente direccionado para o publico espanhol e da Europa do norte.
Devido à grandiosidade da empreitada os habitantes locais e aldeias vizinhas criaram grandes expectativas em relação a este projecto que prometia colocar o concelho de Mogadouro no mapa do TurismoTradicional. Mas agora o sentimento é bem diferente, já ninguém acredita que o empreendimento turístico possa algum dia ficar concluído. “Na aldeia fala-se muita coisa ecomenta-se que há muita gente interessada em comprar a casa mas o certo é que as obras estão paradas há mais de um ano”, comenta a habitante Liseta Claro.
A falta de emprego na região e os rendimentos parcos da agricultura fizeram acalentar as esperanças da criação de alguns postos de trabalho e a fixação de casais jovens nas imediações. A própria Liseta Claro tinha algumas expectativas de ali poder arranjar umas horas de limpeza ou outra coisa que fosse porque segundo diz “aqui os únicos empregos é na azeitona e amêndoa apenas em certas alturas do ano”.
Já Manuel Cordeiro mais saudosista lembra o tempo em que o Solar era habitado e dava trabalho a muita gente. “Era uma casa muito rica, tinham vários caseiros que tratavamdos olivais, amendoais, vinhas tinham um pastor e davam a ganhar muitas jeiras às pessoas o que lhes permitia viver durante o ano”, lembra. Questionado sobre os benefícios do empreendimento turístico, Manuel Cordeiro comenta que poderia ser uma infra-estrutura de desenvolvimento do turismo e do emprego, mas perante as evidências diz já nãoacreditar que isso possa acontecer. “Pelo que temos ouvido falar acabou-se o dinheiro e agora é difícil que alguém pegue nisto, o que é realmente uma pena porque é uma casamuito importante”.
Já Bernardino Mendes sentado no café mesmo em frente ao solar diz que mesmo que já não haja mais obras o que já foi feito é muito bom. “A casa estava totalmenteabandonada e praticamente em ruínas, assim pelo menos ficou com a fachada limpa e com um telhado novo”, lembra. Este septuagenário passa grande parte do tempo no café para ocupar as horas vagas que a reforma permite. Esse tempo permite-lhe garantir que é grande o número depessoas que ali param para admirarem a nobreza do secular edifício. “Não há um dia em que não haja turistas a ver a casa mas também não um que lamente a situação de abandono,é que”, acrescenta “apesar de ter dono, está abandonada e qualquer pessoa pode entrar nas instalações porque não há portas nem vedações”, critica. Mesmo assim, aponta para oimponente brasão na fachada principal da casa onde estão representadas quatro famílias nobres. “Não há casa assim com esta importância em todo os distrito e com um brasãotão bonito”, comenta o idoso enquanto observa a obra de arte.
O mesmo garante que a ideia de ali construir um espaço turístico tem todo o sentido, porque segundo diz, “clientesnão faltavam até porque o aeródromo de Mogadouro traria mais rentabilidade ao projecto”.Mas nem todo o pessimismo que paira na localidade de Castelo Branco abala a convicção do coordenador do empreendimento que realça as vantagens do projecto. “A iniciativa de promover uma unidade hoteleira no antigo Solar dos Pimenteis, representa a união perfeita entre a história e o turismo do Nordeste Transmontano, e uma nova forma de encarar o futuro daquela que é e será sempre a nossa terra de sonhos, Trás-os-Montes”.
Hirondino Isaías não tem dúvidas que esta obra “assenta num registo do passado e um investimento no futuro da região com impactos positivos na economia mas também na qualidade de vida das suas gentes através das requalificações do espaço envolvente ou da oferta e promoção do emprego especializado.
O coordenador do projecto acredita que as conversações com vários grupos hoteleiros nacionais e internacionais vão dar frutos e por em funcionamento o tão ambicionado projecto.
Solar dos Pimenteis, a“Casa Grande”
O solar foi construído na entrada da aldeia edificado em construção, de planta rectangular. Foi construído possivelmente já na segunda metade do século XVIII como parecem indicar ertos elementos decorativos, particularmente as molduras das janelas, que ostentam arapeitos de brincos e o remate ondulado, caracteristicamente barroco. Há inclusive, dados remotos que indiciam que os espaços verdes do local seriam similares aos espaços verdes do Palácio de Mateus em Vila Real. Os cumes que coroam a casa indicam uma época bastante vançada para a construção civil. Esta ostenta uma imponente fachada, articulada com largaspilastras, de bases pesadas e muito salientes, num tipo muito corrente no Norte por esta época. A fachada central conserva, entre as duas janelas, o grande brasão, magnífica peça heráldica. O que faz com que este seja um dos mais elegantes solares do distrito de ragança. Este edifício secular constitui um dos principais marcos arquitectónicos do concelho de Mogadouro e está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Foi mandado construir, em 1752, pela família dos Távoras, adquirindo brasão, em 1795, por carta de D. José I. Mais tarde, por outro Decreto Real, é conferida à família Morais Pimentel a ropriedade que inclui o Solar dos Pimenteis. São os seus primeiros proprietários família da alta aristocracia com os gostos requintados pelos diferentes títulos e pelos cargos como o de vice-rei na Índia e embaixadores nas cortes europeias. O Imóvel tem a particularidade de possuir 365 portas e janelas, uma por cada dia do ano.
O grupo empresarial de Lisboa pretendia instalar no antigo edifício um empreendimento turístico designado de Turismo Tradicional que consistia em três blocos. O bloco um, que engloba todo o edifício do solar, o projecto era constituído por 20 quartos, quatrosuites, um salão de festas e um auditório, recriando um ambiente próprio do século XVIII, altura em que foi construído o imóvel. A ideia era manter as linhas arquitectónicas, bem como as características do hall de entrada, corredores, capela e do salão nobre.
Nas imediações do solar chegou a ser criado o bloco dois onde nasceria uma unidade mais vocacionada para o turismo rural, para além de um ginásio, piscinas cobertas e descobertas, um court de ténis e um centro de equitação.
O bloco três previa a construção de uma zona de restauração, resultado de um trabalho de recuperação e adaptação de um antigo lagar de zeite. Numa segunda fase poderá ser criado um campo de minigolfe e equitação. Os planos reviam que a unidade não ia ficar-se pelo alojamento já que estavam a ser planeados passeiostodo-o-terreno, a cavalo e viagens de barco no Douro Internacional, para oferecer um rograma de actividades aos visitantes.
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