A aldeia acorda lentamente. Algumas lareiras já estão acesas e os chupões espalham no ar frio da manha, um bafo quente e esbranquiçado que se eleva acima dos telhados. Aos poucos a vida retoma o curso. A luz pálida da aurora treme no brilho branco metálico, dos telhados com geada. No céu as estrelas começam a desaparecer cansadas da longa e fria noite. O sol a espreguiçar os braços nos cabeços da aldeia, alonga o corpo por todos ribeiros e caminhos e firma o dia. A luz muda a cada segundo.
Uma trilha sonora começa a crescer por todos os cantos da aldeia. Galos cantam ao desafio, e são seguidos pelo cacarejar das galinhas que ficam a reclamar aborrecidas, com tanta vontade de cantar a esta hora do dia dos seus parceiros. Ouvem-se os burros, as vacas, as mulas, os machos, enfim todos os outros animais, a pedir o tratamento antecipado antes que mais um dia de trabalho comece. Os sons crescem na mesma velocidade do fim da noite. Até os cães que sabem que ainda não é hora de ir para o gado vão bocejando alertados com tanto rebuliço.
O sino toca as Avé Marias. Três toques... pausa... três toques... pausa...três toques!
Os que ainda resistiam sentem-se agora convocados para o recomeço da vida. As mulheres já saíram da cama faz algum tempo. Com a lareira acesa vão pondo a mesa para o pequeno almoço. As labaredas das giestas secas a estalar na lenha de freixo começam a aquecer a casa e empurram o frio lá para fora. Hora de acordar os filhos, de chamar o marido, de apressar a todos...
Uma grelha aquece no braseiro da lareira enquanto espera as fatias de pão para torrar. Aos poucos os donos da casa vão chegando e, um a um sentam á roda do borralho. Filho vai lavar essa cara diz a mãe para o mais novo, que com medo da água fria, tenta sem sucesso, passar o inverno sem lavar o rosto. Antecipando a cada um que chega e senta ouve-se o barulho dos passos e o arrastar dos bancos da cozinha. Não conversam entre si, falam por sinais e monólogos, nesta mímica rotineira do dia a dia, sabem de cor a função e não precisam usar palavras.
As torradas a assar espalham no ar um gosto bom que se mistura com o aroma do café e do leite fervido. Na seqüência assam umas alheiras que vão para a mesa a juntar-se ao queijo de ovelha, azeitonas, fatias de presunto e salpicão. O frio e o trabalho pesado exigem, aos que vão ao trabalho no campo, um reforço no estomago, saco vazio não se tem de pé.
Com os corpos quentes e mais acordados sentam-se todos na mesa. Comem enquanto espantam o sono de vez. O corpo, reage ao alimento e finalmente toma as rédeas do sono para recomeçar a vida. Fazem os planos, distribuem tarefas e funções, acertam detalhes. Para arrematar o pai e a mãe reclamam da geada que pode queimar a amêndoa e um a um vão deixando a cozinha com a certeza de que a vida continua e precisa ser vivida.
Começa mais um dia na aldeia...
Uma grelha aquece no braseiro da lareira enquanto espera as fatias de pão para torrar. Aos poucos os donos da casa vão chegando e, um a um sentam á roda do borralho. Filho vai lavar essa cara diz a mãe para o mais novo, que com medo da água fria, tenta sem sucesso, passar o inverno sem lavar o rosto. Antecipando a cada um que chega e senta ouve-se o barulho dos passos e o arrastar dos bancos da cozinha. Não conversam entre si, falam por sinais e monólogos, nesta mímica rotineira do dia a dia, sabem de cor a função e não precisam usar palavras.
As torradas a assar espalham no ar um gosto bom que se mistura com o aroma do café e do leite fervido. Na seqüência assam umas alheiras que vão para a mesa a juntar-se ao queijo de ovelha, azeitonas, fatias de presunto e salpicão. O frio e o trabalho pesado exigem, aos que vão ao trabalho no campo, um reforço no estomago, saco vazio não se tem de pé.
Com os corpos quentes e mais acordados sentam-se todos na mesa. Comem enquanto espantam o sono de vez. O corpo, reage ao alimento e finalmente toma as rédeas do sono para recomeçar a vida. Fazem os planos, distribuem tarefas e funções, acertam detalhes. Para arrematar o pai e a mãe reclamam da geada que pode queimar a amêndoa e um a um vão deixando a cozinha com a certeza de que a vida continua e precisa ser vivida.
Começa mais um dia na aldeia...
Ao toque dos sinos. lembro de acabarem as brincadeiras nas eiras.São horas do Senhor. Acabava o rou-rou e começava a correria e a dispersão. Até amamnhã! Voltaremos no fim da escola para desempaatar ( quando o jogo era ao "salva tudo"). Lembro com um sorriso nos lábios o dia em que Susana amarruco até ao fim. o cansado e a desilução tinham tomado comta dela. Da varanda o meu pai dizia" Tirone fica." o Tirone era o meu, mais velho, cão de estimação. Lembro-me dele de miuda. Amarelo, coelheiro como nuna visto e companheiro. acompanhou-nos pela infância e pela juntuve. Nesse dia o Tozé arranjar um esconderijo complexo - enfiare-se dentro de um bidão e esperava, impaciente, pelo destcamentp da Susana, a Charneca que tnha uma boneca". Tocaram os sinos e o Toze lá continuo dentro do Bidão. Nestia o joge do tirolilo ficara sem resuloçao. Última badalada ... corre, disperasa e até aaammaaanhãã
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