Revisitando Castelo Branco

20/10/2008

SINO DA MINHA ALDEIA



“O sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro de minhalma.

E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada,
Tem o som de repetida

Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
É para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.

A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade de perto.”

Fernando Pessoa

Poema enviado por um grande amigo de Fortaleza - CE - Brasil - Cosme Felix.

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