A alheira é um enchido típico da culinária albicastrense. Os principais ingredientes são o pão, azeite, alho, colorau, carnes e gordura de aves, porco ou vaca.
O pão é o ingrediente mais importante, a base e suporte da massa do enchido.
A boa qualidade do pão garante a combinação homogênea dos ingredientes e o resultado diferenciado de sabores consistência e aparência externa das alheiras. O pão caseiro de farinha de trigo ou centeio é o detalhe e o ingrediente que faz as alheiras de Castelo Branco serem incomparáveis na qualidade e sabor.
Nossa aldeia produziu sempre cereais em quantidades consideráveis. Parte dessa produção era destinada á transformação em farinha para produção de pão e o excedente vendido ou trocado a escambo por outros produtos não produzidos na aldeia.
Com o tempo a gente de nossa terra especializou-se em fazer pão, para abastecer sua população e das aldeias vizinhas. Esta atividade permitiu o sustento de várias famílias e até aos dias de hoje é uma das principais atividades econômicas de nossa aldeia. Nos anos 90 o empresário e empreendedor, Carlos Carreiro,( foto ao lado) implantou uma padaria industrial na aldeia e passou a produzir em larga escala fornecendo o produto para as aldeias do concelho de Mogadouro e arredores.
Esta tradição, passou de geração em geração e fez do pão de Castelo Branco referência no distrito de Bragança. Ao escrever estas linhas minha memória vai trazendo imagens de algumas mulheres de nossa terra que fizeram ou ainda fazem o melhor pão do mundo. Mas este é uma crônica sobre alheiras não quero ser injusto com nenhuma delas, sem citar aqui os nomes. Prometo que vou escrever sobre o pão e então falar de algumas de que me lembro ainda. Mas preciso falar só de uma, a Sra. Noemia, deste pão que ela fazia deste eu tenho que falar, que delicia, que maravilha. Diria mesmo, pão dos céus... Esta semana mesmo falava com o Agripino aqui em Florianopolis de como é bom.
... voltando ás alheiras.
O pão deve ser de alguns dias para que o miolo e a côdea permitam o corte em lascas finas e crocantes. Depois de cortado em lascas o pão é ensopado com azeite e alho escaldantes e com o caldo do cozimento das carnes. Na sequencia Acrescentam-se as carnes já cozidas e desfiadas o colorão e faz-se então uma massa homogênea até dar o ponto certo.
Quem já comeu, destas alheiras sabe o que digo e pode provar o quanto são saborosas. A mais famosa de todas é a que a Guilermina filha da Tia Arminda faz. Diria mesmo, a melhor de todo Portugal, pelo menos das que eu já comi.
Segundo a tradição, este enchido foi criado nos tempos idos por cristãos novos que, secretamente, continuavam a guardar costumes da religião judaica, a fim de ludibriar toda a sociedade e a Inquisição, deixando claro com este costume que eram cristãos assumidos e bem integrados.
Nossa aldeia produziu sempre cereais em quantidades consideráveis. Parte dessa produção era destinada á transformação em farinha para produção de pão e o excedente vendido ou trocado a escambo por outros produtos não produzidos na aldeia.
Com o tempo a gente de nossa terra especializou-se em fazer pão, para abastecer sua população e das aldeias vizinhas. Esta atividade permitiu o sustento de várias famílias e até aos dias de hoje é uma das principais atividades econômicas de nossa aldeia. Nos anos 90 o empresário e empreendedor, Carlos Carreiro,( foto ao lado) implantou uma padaria industrial na aldeia e passou a produzir em larga escala fornecendo o produto para as aldeias do concelho de Mogadouro e arredores.
Esta tradição, passou de geração em geração e fez do pão de Castelo Branco referência no distrito de Bragança. Ao escrever estas linhas minha memória vai trazendo imagens de algumas mulheres de nossa terra que fizeram ou ainda fazem o melhor pão do mundo. Mas este é uma crônica sobre alheiras não quero ser injusto com nenhuma delas, sem citar aqui os nomes. Prometo que vou escrever sobre o pão e então falar de algumas de que me lembro ainda. Mas preciso falar só de uma, a Sra. Noemia, deste pão que ela fazia deste eu tenho que falar, que delicia, que maravilha. Diria mesmo, pão dos céus... Esta semana mesmo falava com o Agripino aqui em Florianopolis de como é bom.
... voltando ás alheiras.
O pão deve ser de alguns dias para que o miolo e a côdea permitam o corte em lascas finas e crocantes. Depois de cortado em lascas o pão é ensopado com azeite e alho escaldantes e com o caldo do cozimento das carnes. Na sequencia Acrescentam-se as carnes já cozidas e desfiadas o colorão e faz-se então uma massa homogênea até dar o ponto certo.
Quem já comeu, destas alheiras sabe o que digo e pode provar o quanto são saborosas. A mais famosa de todas é a que a Guilermina filha da Tia Arminda faz. Diria mesmo, a melhor de todo Portugal, pelo menos das que eu já comi.
Segundo a tradição, este enchido foi criado nos tempos idos por cristãos novos que, secretamente, continuavam a guardar costumes da religião judaica, a fim de ludibriar toda a sociedade e a Inquisição, deixando claro com este costume que eram cristãos assumidos e bem integrados.
É sabido que o judaísmo proíbe o consumo da carne de porco, assim, alguns dos supostamente recém convertidos inventaram um chouriço onde discretamente, a carne de ave, substituía a carne de porco, tradicional entre os cristãos. Ainda é comum atualmente a semelhança destes tempos e que sejam usadas nas alheiras várias carnes alternativas ao porco, tais como vitela, coelho, peru e galinha.
Talvez não passe de uma idéia romântica popular, esta ligação da historia das alheiras, com os novos cristãos, e talvez nem existam fatos que possam determinar esta idéia. A necessidade de conservação das carnes dos diversos animais criados e para consumo próprio, parece uma explicação mais certa para o seu aparecimento e assim a origem ligada ao próprio ciclo de produção de fumeiros caseiros.
Para nós albicastrenses a alheira é consumida assada nas brasas da lareira colocada sobre a grelha pré-aquecida, em lume brando, acompanhada por batata cozida com um fio de azeite, e legumes da época variados, e como não pode faltar, “vinho do nacional”.
Por vezes, é também acompanhada por couve troncha, grelos de couve ou nabiça. É uma presença habitual nas ementas dos lares da terra e dos filhos dela por todo mundo.
Em consideração final: A mais famosa das alheiras é a oriunda de Mirandela, mas podemos dizer sem errar que a de Castelo Branco é a melhor do mundo. Digamos assim: as duas deixam a gastronomia da região de Trás-os-Montes mais rica de sabores e tradições.
Para nós albicastrenses a alheira é consumida assada nas brasas da lareira colocada sobre a grelha pré-aquecida, em lume brando, acompanhada por batata cozida com um fio de azeite, e legumes da época variados, e como não pode faltar, “vinho do nacional”.
Por vezes, é também acompanhada por couve troncha, grelos de couve ou nabiça. É uma presença habitual nas ementas dos lares da terra e dos filhos dela por todo mundo.
Em consideração final: A mais famosa das alheiras é a oriunda de Mirandela, mas podemos dizer sem errar que a de Castelo Branco é a melhor do mundo. Digamos assim: as duas deixam a gastronomia da região de Trás-os-Montes mais rica de sabores e tradições.
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