22/01/2010
Video do Casamento do Arlindo e Cacilda
21/01/2010
Encontro 2008 dos Albicastrenses no Alvito
Recebi por e-mail esta semana um pedido do conterrâneo, Manuel Moreno:
“Gostava de ver fotografias do convívio dos Albicastrenses 2009 no parque do Alvito. Já houve fotografias do convívio de outros anos no antigo site de Castelo Branco mas d'este ano ainda não vi nenhuma. Os fotógrafos que tiraram fotografias podiam colocar aqui algumas.”
Seguem as fotos extraidas de um video do encontro de 2008 que o Belarmino Nunes me enviou pelo correio no ano passado. O video que recebi é longo para postar no youtube, em breve farei versões menores.
Faço tambem o convite aos fotografos para nos enviarem as de 2009.
Abraços Albicastrenses,
Luis Pardal
20/01/2010
Fotos de Castelo Branco com neve
19/01/2010
18/01/2010
Alcaparras
Artigo escrito por Sara Ingueira em 23/11/2009 .
Hoje quando cheguei ao meu trabalho, uma das primeiras coisas que fiz, como de habito, foi ir ver se havia novidades da nossa terra.
Olhei a janela, e vi um vento muito forte que me fez voltar aos tempos de muitos anos atrás. O tempo das alcaparras. Sim muitos dos novos não devem conhecer. Quando neste tempo o vento assoprava como hoje nos “Adis”, este era o nome do lugar onde hoje se encontra a minha casa e mais, havia oliveiras e o “Tronco”. Era ali que se ferravam os animais.
O vento era o sinal que nós esperavamos para a chegada, do tempo das alcaparras. Apanhávamos as azeitonas que o vento deitava ao chão e então escarranchadas na longa cantaria e com uma pedra pequena esmagávamos as azeitonas, que depois púnhamos em calda curavam depressa pois estavam abertas, que regalo.
Um dos nossos vizinhos que passava ali por perto para ir as eiras ou para ir ao palheiro, com uma vara na mão, o Senhor Armando Emilio, ajudava e deitava sempre mais algumas ao chão. Algumas oliveiras eram da junta de que ele fazia parte. Imaginem como a garotada ficava contente.
Era a Senhora Roca que muitas vezes nos fazia a calda (era uma especialista). Ela era a mãe do Senhor Albino Cigano. Ela morava ali no palheiro do Senhor Cordeiro. Já lá vão perto dos quarenta anos ,e hoje sinto saudades desse tempo.
Um Abraço
16/01/2010
12/01/2010
10/01/2010
Mare Nostrum
Este mar que me encara nos olhos
Faz-me querer sair por ele na descoberta.
O vento, sopra, sussurra, grita
Rompe os ouvidos com palavras incertas
Notícias de outros rumos, marés abertas.
Navegante de areias a andar na praia.
Quero antever o mar rasgado na quilha,
Imaginar os sulcos de espuma traçados
Deixados pra trás no finito do barco
Do ponto de partida ao ponto de chegada.
Fico a remoer idéias e possibilidades.
E a vontade de navegar enche-me as velas.
Caminho na areia em passos largos, profundos,
Como quem quer marcar com os pés o trajeto.
Rota segura, eu penso e, afundo os passos.
Para deixar as marcas que servirão na volta
Nesta trilha de mares navegados,
Mare nostrum.
E as ondas que chegam
Apagam tudo depois que passo
E voltam ao mar vezes sem fim.
Viro finalmente no fim da praia.
Quero rever a obra terminada,
Com o olhar de quem já alcançou o objetivo.
Demoro para entender,
Não sobraram as rotas que tracei,
As águas que naveguei, os momentos que vivi.
O mar apagou tudo, e o mundo por onde andei,
Surgiu novo, como se fosse um desconhecido.
Corro enlouquecido atrás das ondas, grito e reclamo,
Culpo o mar, o céu, a areia, o infinito,
Todos cúmplices desta eterna roda maluca.
Estou furioso, mas respiro,
Sentado na areia, fico a olhar ondas a chegar
E aos poucos caio em mim.
A vida e o mar sempre diferentes
Mas isto é o bom de viver,
Um momento novo a cada instante.
Olho a areia e volto a navegar na praia em passos largos…
É ilusão a vida no pensar.
Viver é mergulhar, sentir, arriscar
Cair nas ondas…
Experimentar…
06/01/2010
Fumeiro da nossa terra e à moda de minha casa.
Autor: Aida Freitas Ferreira
Fumeiro da nossa terra e à moda de minha casa.
Dias de Inverno são dias frios e especialmente favoráveis à feitura do fumeiro.
Feita a matança do porco e escorrido o mesmo é momento para o desmanche. Muitas vezes assisti a tal operação e quando mais crescida participava da mesma. Cortar e separar as diferentes partes da carne para a elaboração dos diferentes tipos de enchidos. O meu avô Zé António era exímio na arte do corte e o meu pai, que sempre o acompanhou, não lhe ficava atrás. No dia as facas eram aguçadas e as tábuas eram preparadas para a noite do “crime”.
Pelos dias que o feriado deste Natal proporcionou passar na aldeia fizemos alheiras. Entre dicas de um e de outro (o outro foi o meu pai, grande entusiasta e colaborador nestas minhas aventuras) a feitura das alheiras proporcionou imagens das diferentes etapas.
A manhã chegou mesmo propícia à tarefa predefinida. A geada cobria os campos, o que dá cor e sabor aos enchidos.
O tempo frio mas seco encarregar-se-á de curar as carnes e enrrigecer as formas dos enchidos como dizia a avó Aida. Dos ensinamentos da mãe e da filha (a Maria Elisa, minha mãe) e das memórias das vezes em que colaboramos nesta empreitada dos chouriços saiu obra.
As alheiras são enchidos feitos à base de carnes de coelho, peru, vitela, galinha, miolo de pão e alhos, já que a carne de porco estava completamente ausente, para que deste modo as gentes pudessem guardar abstinência à carne de porco. Passado o período, desde há muito que no fabrico das alheiras entra também a carne de porno, nomeadamente as carnes do espinhaço e a barriga.
Os temperos variam conforme o gosto e a mão da cozinheira, desde a salsa, ao pimentão-doce, passando pelo picante do piripiri.
A lareira acesa e bem aprovisionada para manter a massa quente, o pão já fatiado, a carne desfiada e desenossada, as tripas atadas e o toque final da salsa.
Pormenor dos alguidares.
Dos restantes enchidos não tenho imagens para poder partilhar mas prometo que o tempo o permitirá. De qualquer modo vou deixar as “dicas” de como fazer os mesmos. Depois é só aventurarem-se como fiz com as alheiras.
Os salpicões
Enchido grosso, feito à base de carne de lombo de porco ou presunto, temperado com sal e, por vezes com alho, louro e laranja, a que nós chamamos surça.
No resto do Nordeste Transmontano há ainda outros tipos de salpicão, os que são temperados com vinha d’alhos com vinho e água e vinha d’alhos exclusivamente com vinho tinto.
As chouriças, os bulhos e as bochas
O resto das carnes servem para estes outros chouriços e são separadas e cortadas de uma forma e modo exímio e específico.
As chouriças levam as carnes medianas e zonas do lombo com mais gordura. São depois de secas e afumadas comidas em verde e/ou armazenadas em talhas de azeite que as mantêm durante o ano.
Os bulhos ou chouriços de ossos, ou ainda butelos, como são chamados do lado da raia, e que como a terminologia indica, levam sobretudo as zonas dos ossos, em muitos casos até chamadas de carne de 3ª classe. Não concordando com tal pois os bulhos são deliciosos pelo facto de serem feitos de carnes preenchidas por ossos. Estes são por norma comidos cozidos com o feijão cortado ou picado e seco como lhe chamamos em Castelo Branco ou somente as casulas ou cascas dos feijões como noutras zonas é típico.
As bochas são feitas essencialmente do boche, das carnes interiores e das tiras de limpeza das restantes carnes dos salpicões e das chouriças. São também deliciosas, podendo ser cozidas ou assadas e acompanhadas com um belo prato de grelos cozidos.
Os chouriços doces e os chouriços de sangue
São ambos feitos à base de porco e toucinho
O sangue de porco, as gorduras e os condimentos são compartes constantes. Para além dos elementos anteriormente referidos, os chouriços pretos doces, também denominados, noutras terras de morcela doce, levam açúcar, amarelo de preferência, amêndoa e mel, caso seja o gosto da cozinheira.
O presunto
O processo utilizado para tratar o presunto pode ser por defumação ou salga da perna do porco.
Na defumação, por acção do fumo de lenha torna-se a carne mais incorruptível. As lenhas de carvalho, sobreiro, castanho, pinho e as folhagens aromáticas são os combustíveis mais indicados para uma boa defumação. Contudo, o fumo não deve chegar à carne a uma temperatura muita alta. O modo correcto aconselha que a defumação seja prolongada, por isso os presuntos ficavam dependurados nas cozinhas enquanto o tempo pedisse a lareira acesa e depois ao ar.
Na salga, depois de escorrida, a perna é metida na salgadeira onde fica mais ou menos um mês, findo o qual é levada ao fumeiro. Ou ainda, dependendo do gosto de cada um envolve-se a perna de porco em muito sal durante dias e seguidamente barra-se com uma pasta de colorau, alhos esmagados e azeite e deixa-se defumrar durante algumas semanas
05/01/2010
Votos de Feliz 2010 da Sara, Felizberto e familia!
Espero que este ano novo,traga para todos, SAUDE, PAZ, AMOR E ALEGRIA.
Podem ver que ainda fiz um pequeno presépio, foi difícil pois havia muita neve e não tinha musgos,consegui arranjar uns pouquinhos,e la fiz.
Tive um bom natal com todos os meus filhos e netos, a FAMILIA COMPLETA, QUE FELIZ!!
BEIJINHOS
SARA