Revisitando Castelo Branco

15/11/2008

Casa Grande - Solar dos Pimenteis

Foto: Artur Claro
Artigo extraido de : Jornal Nordestes - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
Arquivo: Edição de 24-10-2006
SECÇÃO: Opinião
Solar dos Pimenteis – Turismo e História Começa a História do Solar dos Pimenteis, sito em Castelo Branco, concelho de Mogadouro, com a vontade dos Senhores de São João da Pesqueira e Marqueses de Távora de aqui fixar uma residência e sede de comenda.Os eventos que levam por fim à execução desta família, por Decreto de D. José I, têm como consequência a extinção dos títulos e a passagem de honras e comendas para outras famílias. É assim que, por outro Decreto Real, se confere à nobre família Morais Pimentel a propriedade que inclui o Solar dos Pimenteis.São os seus primeiros proprietários família da alta aristocracia com os gostos requintados pelos diferentes títulos e pelos cargos como o de vice-rei na Índia e embaixadores nas cortes europeias. Dessa vivência a natural absorção de hábitos e costumes urbanos que apesar da ruralidade da área integram o desenho do edifício. Afigura-se como provável que na génese do monumento estejam a projecção de valores e o usufruto de uma paisagem e ambiente que o tempo pouco alterou e hoje nos remete para a função do turismo ao colocar-se como oferta a uma clientela onde a principal premissa é a qualidade.Um registo do passado e um investimento no futuro da Região com impactos positivos na economia mas também na qualidade de vida das suas gentes através das requalificações do espaço envolvente ou da oferta e promoção do emprego especializado. A iniciativa de promover uma unidade hoteleira no antigo Solar dos Pimenteis, representa a união perfeita entre a história e o turismo do Nordeste Transmontano, e uma nova forma de encarar o futuro daquela que é e será sempre a nossa terra de sonhos – Trás-os-Montes. É graças a um investimento privado e a uma equipa de grande qualidade, que o Solar dos Pimenteis deixa, definitivamente, o estado de abandono em que se encontrava à mais de 50 anos, onde o risco de derrocada eminente foi posta completamente de lado graças a uma intervenção pronta e rigorosa.Quis o destino, tal como noutros tempos, dificultar um processo que já pela sua natureza complexa não poderia ser resolvido com grandes facilidades. Entre as vicissitudes previstas e os acontecimentos inesperados, o Projecto financeiro de recuperação e de adaptação do Solar dos Pimenteis, a uma unidade hoteleira de qualidade, parou por três períodos distintos desde que a propriedade foi comprada em 21 de Maio de 2001: 1º- a incompreensível demora administrativa na aprovação dos respectivos projectos; 2º o desnecessário embargo da obra imposto pelo IPPAR por causa do telhado do Solar; e 3º o lamentável acidente de trabalho que vitimou dois operários em 05 de Maio de 2005. Além disso, a crise económica que tem assolado o País desde o ano de 2001 afecta também a parte financeira deste projecto, em que os capitais disponíveis nunca foram suficientes para garantir o ritmo que era necessário e desejável.Provavelmente, os acontecimentos recentes e o passado histórico do Edifício já despertaram a atenção de muitas pessoas ligadas à história e não só. Com o interesse em desenvolver um estudo mais aprofundado, seria de todo importante que o tema em questão ganhasse mais adeptos com a verdadeira História do Solar dos Pimenteis e o porquê de todos estes acontecimentos, isto porque a existência deste belo exemplar de arquitectura já marcou uma época e pode marcar a diferença no futuro. Por outro lado, salienta-se ainda um dado que não é do conhecimento de todos, mas que é digno de ser realçado – a razão pela qual o Solar dos Pimenteis nunca ter sido concluído na sua totalidade?Em síntese, esperamos pois que a obra de Recuperação e Adaptação do Solar dos Pimenteis não volte a parar para que num futuro próximo todos possam testemunhar o empenho dos que têm lutado pela desejável conclusão deste Empreendimento Hoteleiro.
Por: Hirondino Isaías

10/11/2008

São Martinho

Este Santo nasceu no império romano – na cidade de Sabaria na antiga Panónia, hoje Hungria, entre 315 e 317. Filho de um legionário romano segiu os passos do pai na vida militar. Quando sua família se mudou para Pavia, foi estudante e entrou para o exército com 15 anos, tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial. Seguia a tradição religiosa dos romanos da época devoto dos deuses que faziam parte da mitologia romana.

Porem em uma viajem a cavalo pela França numa noite fria e chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola. Como ele não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio a sua capa (clâmide) e a entregou ao mendigo para o agasalhar e proteger do frio. Os demais soldados riram-se dele, porque perdera metade da capa. Conta a lenda que tão logo cortou a capa a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens.

Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve uma visão e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno dos teus irmãos é a mim que o fazes». E assim se converteu ao Cristianismo São Martinho. A história só não conta por que é que ele acabou ficando ligado ao prova vinho. Mas para não deixar passar a tradição aqui vão alguns ditados deste nosso santo tão querido e estimado nas adegas e pipos da paróquia.

- No dia de S. Martinho vai à adega e prova o teu vinho.
- Mais vale um castanheiro do que um saco com dinheiro.
- Dia de S. Martinho fura o teu pipinho.
- Do dia de S. Martinho ao Natal, o médico e o boticário enchem o teu bornal.
- Pelo S. Martinho mata o teu porquinho e semeia o teu cebolinho.
- Se o Inverno não erra caminho, tê-lo-ei pelo S. Martinho.
- Se queres pasmar teu vizinho lavra, sacha e esterca pelo S. Martinho.
- Dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho.
- Pelo S. Martinho, prova o teu vinho, ao cabo de um ano já não te faz dano.
- Pelo S. Martinho mata o teu porco e bebe o teu vinho.
- Pelo S. Martinho semeia favas e vinho.
- Pelo S. Martinho, nem nado nem cabacinho.
- Jeropiga, castanhas e vinho fazem uma boa festa pelo S. Martinho.

08/11/2008

Alheiras Luso Canadenses


Dizem os conhecedores da alta gastronomia que as alheiras mais famosas são as de Mirandela. Eu discordo. As de Castelo Branco para quem já teve a felicidade de as comer são as mais fantásticas e saborosas.

O que as faz tão diferentes é o tempero tradicional albicastrense. O pão caseiro, que sempre foi famoso, o melhor de todo o concelho, feito com a água da solheira e do carvalhal. As carnes selecionadas de porco e galinha criados com ração balanceada, rica em fibras nos farelos de trigo e centeio, batatas, cabaças, nabiças, nabos etc. Alem de outros ingredientes selecionados como alho caseiro e tudo mais que manda a receita. Em suma os elementos certos para fazer de nossas alheiras as mais cobiçadas.

Atestando esta tradição de sucesso, quero lhes relatar que a fama cruzou o oceano e já faz sucesso no Canadá. A responsável por este destaque gastronómico é a nossa conterrânea Cacilda Carreiro, casada com o Arlindo Parreira. Vejam abaixo a lida e o esmero da produção destas alheiras tão famosas, as melhores do Canadá garanto.

Por enquanto não estão recebendo encomendas , mas os interessados poderão enviar um e-mail para:
arlindoparreira@hotmail.com.

Sobre novos produtos, o Arlindo informou que está a preparar um lançamento de alheiras com carnes exóticas (eu disse exoticas, não eróticas, sei que conhecem o Arlindo). Segundo informações de fonte segura, este lançamento terá grande repercursão por todo o Canadá.

Infelizmente terão que aguardar ou fazer contato para obter maiores informações.

VEJAM AQUI A PROVA DE TANTO SUCESSO:
Foto: Arlindo Parreira
Foto: Arlindo Parreira
Foto: Arlindo Parreira