Foto: Abilio Freitas
Na porta do café, espero Sentado, até a hora chegar.
Fito as ruas vazias, os paralelos do chão,
A poeira no vento, um cão que passa,
Que calma.
Acreditem, fico ali por um café
Forte, sem açucar, amargo,
Puro, para esquentar,
A alma.
Esqueço que o mundo roda o universo viaja e o tempo escorre.
Mato os minutos, silêncio.
Suspiro.
Busco o gosto amargo,
Aroma intenso, encorpado
De um expresso, que expresso, bem tirado.
Finalmente ouço que desce a escada.
O Sr. Fernando chega a pergunta o que quero.
Demoro, até pensar, nesta tensão filosófica
Com a mente confusa, digo sem convicção:
Um café, é só um café, que quero tomar,
Na praça de minha aldeia, amargo para esquentar.
Com gosto sincero, com verdade em cada gole,
Autêntico, amargo, forte, religiosamente,
Com alma.
Luis Pardal
Na porta do café, espero Sentado, até a hora chegar.
Fito as ruas vazias, os paralelos do chão,
A poeira no vento, um cão que passa,
Que calma.
Acreditem, fico ali por um café
Forte, sem açucar, amargo,
Puro, para esquentar,
A alma.
Esqueço que o mundo roda o universo viaja e o tempo escorre.
Mato os minutos, silêncio.
Suspiro.
Busco o gosto amargo,
Aroma intenso, encorpado
De um expresso, que expresso, bem tirado.
Finalmente ouço que desce a escada.
O Sr. Fernando chega a pergunta o que quero.
Demoro, até pensar, nesta tensão filosófica
Com a mente confusa, digo sem convicção:
Um café, é só um café, que quero tomar,
Na praça de minha aldeia, amargo para esquentar.
Com gosto sincero, com verdade em cada gole,
Autêntico, amargo, forte, religiosamente,
Com alma.
Luis Pardal
Muito bom o poema. Fantástica a noção de calma que transmite. Parabéns!
ResponderEliminarAntero Neto