Fogueira e Missa do Galo de 2009
Fotografias de Isaias Cordeiro
Artigo Escrito por Arlindo Parreira
Natal em Castelo Branco é um dia de confraternização.
Os imigrantes vêm de toda parte do mundo juntar-se aos familiares e amigos para confraternizar, perdoar algumas desavenças mal entendidos, etc.
É Natal, basta um olhar amigo um sorriso aperto de mão, e não precisa palavras, é assim a gente de Castelo Branco.
Relembrar as tradições começa na ceia todos de volta da fogueira
Sentados a mesa na cozinha comendo o bacalhau com toros de couve, o polvo batatas cozidas com, acompanhado de um tinto tirado do pipo, quebram-se umas nozes uma boa aguardente enquanto se come um fala-se de tudo, o que não se falou ao telefone, ou por carta. É preciso acertar Certas duvidas, enquanto vai passando o tempo está quase na hora da missa do galo. Veste-a Samarra, como botas de cano alto, depois da missa é preciso ir agasalhado para ver a fogueira do galo.
A rapaziada prepara uma fogueira, durante o dia andamos de casa em casa pedir uns rachos para uma fogueira, carrega-se no carro de bois puxado por os rapazes. Para acender uma fogueira precisa de um mordomo, que é Nomeado ali mesmo, só ele pode acender uma fogueira, ele vai ser o responsável por o que acontecer POSSA vir, não pode deixar aproximar do Braseiro Crianças, idosos etc rapazes. Alguns pulam a fogueira , enquanto não esta no ponto alto, um garrafão de vinho passa de mão em mão um trago bebendo. Outro de aguardente também faz parte da tradição. O Mordomo atixa uma fogueira com um pau de 3 metros, vai virando os troncos. Depois vai afastando os Meios já embriagados.
O mordomo era quase sempre o mesmo, o "RAMIRO malandras" bem conhecido por todos, sempre atento ameaçando com o pau de brasa em Ponta todos que tentavam passar o circulo marcado por ele. Grande Ramiro ...
Sempre correu tudo bem graças ao seu Empenho e dedicação. A lenha ia acabando, dava-se mais uma volta pedir mais, mas Àquela hora a maior parte estava dormindo trazia-se mesmo assim ninguém reclamava, era Natal. Em 1986 fui passar o Natal a minha terra, a lenha estava a acabar chamei OS RAPAZES dei uns tratores de retaços da Serração, e uma malhadeira, um espetáculo, uma fogueira costumava durar ate ao ano novo, é assim que era naquele tempo
Arlindo Parreira
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