O tempo passa rápido, quem diria que daquele verão ficariam apenas as fotos para nos lembrar de algo tão bonito que nossa aldeia viveu.
Uma animação especial tomou conta de nossa terra. Alfaiates e costureiras atarefados para produzir as roupas de linho e fazer os bordados para enfeitar os integrantes do rancho folclórico de Castelo Branco. O resultado foi muito bom. Estas roupas cortadas e costurados por muitas mãos deixaram os rapazes e raparigas de Castelo Branco mais bonitos e merecedores de prêmios nas muitas apresentações que fizeram.
Foram meses de trabalho, muitas noites de ensaio para preparar cantorias e danças. Tudo era novidade e o novo é sempre mais difícil de começar e levar adiante. Escolher os pares, os tocadores, os passos das danças, montar uma coletânea de cantigas para compor o repertório, enfim um trabalho imenso. Um burburinho nunca antes visto pelas ruas da aldeia. Nosso povo estava unido por um ideal e ganhou alma nova durante aqueles meses.
Um entusiasmo diferente fez bater mais forte o coração de jovens e antigos. Ensaios nas adegas, na garagem do Joaquim Pomares, no lagar dos Mouras, nas salas da casa grande, e por tantos outros lugares com espaço para ensaiar as danças e treinar os dançarinos.
Na porta dos ensaios uma multidão de curiosos nunca antes vista. Os que participavam mantinham segredo dos passos e coreografias, afinal precisava ser um espetáculo para surpreender e encantar a todos. Mas a curiosidade matava os demais. Ficavam na porta dos ensaios inquietos e ansiosos para ver e saber.
Ficar na porta tinha suas vantagens, o som das vozes, o arrastar dos passos e o toque das guitarras escapava pelas portas e janelas e assim todos aprendiam rapidamente as modinhas tocadas vezes sem fim durante os ensaios dos dançarinos.
Nas várias apresentações que fizeram levaram a marca e o nome de nossa terra para muitos lugares e deixaram mais forte no peito, o orgulho de ser albicastrense.
Uma especial homenagem ao Professor Pedro, catalizador e idealizador desta novidade e no nome dele quero estender a todos os demais que com o trabalho incógnito e dedicado participaram de forma ativa nesta fantástica ação de nossas gentes.
Faço um convite para que ajudem a resgatar dos baús as memórias recentes de nossa aldeia, vamos evitar que se percam no pó. Enviem fatos e fotos, deste ou de outros acontecimentos por e-mail. Serão publicados e mantidos com as respectivas origens.
Envie para: luispardal@castelobrancomogadouro.com
Para facilitar este trabalho de resgate de fotos e documentos o Arlindo deixou na aldeia alguns equipamentos com o sobrinho, neto do Francisco Carreiro. Ele pode ajudar a escanizar fotos ou textos.
Participem.
Um forte abraço albicastrense,
Luís Pardal
ola albicastrenses
ResponderEliminarCom muita pena estas actividades nao continuarem no nosso povo pois as pessoas cada vez sao menos e cada vez a menos motivação mas ficamos com a visualização das fotos para relembrar os tempos passados em k os jovens da minha idade nao se lembram
grande abraço Belarmino Xavier