Revisitando Castelo Branco

24/05/2011

A devoção de um povo…O NOSSO.

Autor: Arminda Neto

E…mais uma vez, Castelo Branco esteve em festa. A Festa de S. Bernardino, que, sendo de Sena é, verdadeiramente, o Santo de Castelo Branco.

Por herança confessamos com nossas vidas a devoção a S. Bernardino. 20 de Maio, o seu dia mas… em solidariedade com os “Filhos da Terra” que fazem questão de estar presentes, se reverencia no sábado mais próximo: este ano, 21 de Maio. Dia de reencontros, de aproximações, de júbilo…dia com Deus.

Momentos marcantes que, ano após ano se vão registando na história deste povo agraciado pelos testemunhos de fé que, de geração em geração continuam a marcar a nossa gente, fazendo do ontem o hoje.

Por herança confessamos com nossas vidas a devoção a S. Bernardino. 20 de Maio, o seu dia mas… em solidariedade com os “Filhos da Terra” que fazem questão de estar presentes, se reverencia no sábado mais próximo: este ano, 21 de Maio. Dia de reencontros, de aproximações, de júbilo…dia com Deus.

A manhã começou contemplada pela graça que vem do alto: o céu azul, a conjugação de odores, a frescura do ar que se respira, a luminosidade dos campos que por puro prazer nos oferecem o seu verde, misticamente pintados das mais belas cores silvestres, formam o cenário de festa.

A banda filarmónica fez a arruada, dando os bons dias, santificados, a todos. Sonoramente, orientada pelo mordomo, António Pires, percorreu as ruas da aldeia, dirigindo a cada um o convite: sejam felizes com S. Bernardino; cada um à sua maneira mas… sejam-no.

12 horas… ponto alto da cerimónia; o encontro com o taumaturgo chegou. Os sinos, no seu repicar, alertaram para o início da missa. Grande solenidade! Em beleza e em devoção! Como S. Bernardino, pregador e evangelizador, devoto do nome de Jesus, os rostos serenos interiorizavam sentires e vivências e, em espírito, expunham-lhe as suas aflições, vazios, ausências, alegrias,… com a certeza de que o homenageado, agilizará junto dos mensageiros da paz e do amor, no sentido de todas as preces serem atendidas.

Seguiu- se a procissão, habitual, mas diferente. Os “cruzados”vindos não de Bolonha mas do Felgar, indicavam o caminho; dois cavalos de movimentação expressiva e temperamento difícil, negavam aos cavaleiros a submissão às suas ordens e a fidelidade ao seu porte altivo, inteligente e capaz. Ganhariam para o susto?... A cruz, as bandeiras, os andores - Nª Sª de Fátima, Stº António e S. Bernardino - enfeitados com flores naturais, as colchas nas janelas e nas varandas transformaram as ruas num palco de beleza e arte, humana e divina. A reiterar a devoção da marcha solene lá estava a banda do Felguar, entoando cânticos apelativos a uma caminhada de oração que, harmoniosamente, interagia com o tocar dos sinos da torre da igreja não “com rosmaninho e alecrim pelo chão” mas com muitas pétalas de rosas.

E… depois do alimento da alma o alimento do corpo. As mesas generosamente recheadas, garantiram a familiares e amigos um convívio fraterno onde ninguém faltou. Há ausências que são sempre presenças vivas e, quando o vazio é superado pela certeza de um reencontro, a esperança garante-nos, um saudosismo sim, mas reconfortante.

Que o S. Bernardino zele por todos nós e por todos os que já partiram. Não pela homenagem deste dia mas pela dedicação de sempre.

Arminda NetoFesta_de_S.Bernardino_2011_051Procissão da Festa_de_S.Bernardino_2011_056Festa_de_S.Bernardino_2011_088 Festa_de_S.Bernardino_2011_098 Festa_de_S.Bernardino_2011_118 Festa_de_S.Bernardino_2011_131Festa de S Bernardino 2011 149Festa_de_S.Bernardino_2011_052 Festa_de_S.Bernardino_2011_085

Sem comentários:

Enviar um comentário