Revisitando Castelo Branco

01/10/2011

“MEDITA”

Poema indicado por: António José Salgado Rodrigues (copiado em 03-05-1956)

Autor: Fausto Guedes Teixeira

 

“Quando se chega a ver nitidamente

O erro d’uma primeira ligação,

É muito natural que toda a gente

Se dê, um dia, a outro coração.

 

Mas sempre que na vida a mulher sente

Que se enganou e aceita outra paixão,

Então, ou a conserva eternamente

Ou ela pensa que não tem perdão.

 

E é por esse motivo que, ao segundo

Amor, ela se prende como cega,

Sem com mais nada se importar no mundo.

 

É que a mulher, feliz ou desgraçada,

Não se perde na hora em que se entrega,

Mas na hora em que for abandonada.”

 

Um pouco mais sobre o autor deste poema:

Fausto Guedes Teixeira nasceu em Lamego, numa casa situada na Praça do Comércio, no seio de uma família aristocrata, filho de José Augusto Guedes Teixeira, o 1.º visconde de Guedes Teixeira, e de sua mulher Leopoldina de Queirós Guedes.

Estudou Direito na Universidade de Coimbra, convivendo ali com muitos dos intelectuais portugueses mais relevantes do tempo e com outros estudantes que também se notabilizaram na poesia. Já nessa época os dotes de Fausto Guedes provocaram duradoura admiração que o acompanharia ao longo da vida. Entre os seus companheiros e admiradores daquele tempo contam-se Augusto Gil, Afonso Lopes Vieira, Teixeira de Pascoaes e João Lúcio.

Ainda em Coimbra, fez parte do grupo de poetastros Os Polainudos, a que pertenciam, entre outros, Eugénio de Castro, Armando Navarro, Henrique de Vasconcelos, Agostinho de Campos, Alberto de Oliveira, Mendes dos Remédios e Alberto Osório de Castro. O grupo organizou em Maio de 1891, no Jardim Botânico, um outeiro poético onde foi convidada de honra Amélia Janny.[2]

Partiu para o Brasil, onde permaneceu algum tempo, e passou por Moçambique. Ao regressar a Portugal, viveu em Lisboa durante cerca de 20 anos, tendo desempenhado diversos cargos públicos e foi jornalista.

Nos seus anos finais fixou residência na sua cidade natal, onde viveu na sua Casa do Parque, onde faleceu em 1940.

O Museu de Lamego guarda o espólio pessoal da Casa do Parque, a sua residência durante os últimos vinte anos de vida, com um espólio assinalável de objectos que pertenceram a Fausto Guedes Teixeira, entregues ao Museu por disposição do próprio, em resultado da amizade que o unia ao primeiro director daquela instituição, João Amaral. Esses objectos estão em regime de exposição permanente numa sala daquela instituição.

A toponímia da cidade de Lamego inclui uma rua com o nome de Fausto Guedes Teixeira, existindo ainda um seu busto, da autoria de Costa Mota (sobrinho), no Jardim da República, em frente ao edifício da Câmara Municipal. Fausto Guedes Teixeira foi também escolhido para patrono do principal agrupamento de escolas da cidade. Também a cidades de Lisboa e de São Paulo o recordam no nome de uma das suas ruas.

Foi realizado um filme de carácter biográfico, da autoria de Paula Pinto e Patrícia Brás, com montagem de António Meireles e Adriano Guerra, que ilustra com detalhe a vida de Fausto Guedes Teixeira, enquadrando o seu percurso literário na conjuntura social e política da época. Fonte deste texto:  Wikipedia.

Clique para seguir o link e conhecer mais sobre o autor  http://pt.wikipedia.org/wiki/Fausto_Guedes_Teixeira 

Espero que tenham gostado da poesia!

Forte Abraço Albicastrense de António José Salgado Rodrigues

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