1ª VISITA – Episódios
Depois de passar alguns dias em Évora a fazer umas bricolages em casa da minha sogra, vou de imediato ao portal matar o vício e deparo-me com a maravilhosa discrição feita pelo Luís Pardal sobre a pesca à tainha em Florianópolis - Brasil, acompanhada por lindíssimas fotos.
Logo pensei: como é bem diferente a pesca em Castelo Branco de Mogadouro!...
E lembrei-me de contar um episódio da minha primeira passagem pela Aldeia, um ilhéu acabadinho de chegar de África.
Estávamos em pleno verão de 72, muito calor, Castelo Branco cheio de emigrantes para as festas de Setembro.
Um dia combinamos ir à pesca ao rio. Até aqui tudo bem, tinha alguma experiencia nesta arte e preparava-me para no outro dia levar uma cana emprestada, linha, anzóis, isco etc. enfim, aqueles apetrechos que se utilizam numa pesca normal, a que estava habituado.
Mas não, quando parti com o grupo e para meu espanto não havia sinais de canas de pesca nem nada que se parecesse. Então resolvi perguntar:
- Então não vamos à pesca? Onde estão as canas?
Alguém respondeu e esclareceu.
-Vamos pois, vamos à malha. E vejo um dos pescadores com uma pesada malha às costas…
Ainda pensei que estivessem a brincar comigo, que aquilo fosse alguma partida para quem tinha chegado à terra pela primeira vez, mas não, lá fomos riacho abaixo, parando nos pegos, malhando as rochas mais soltas e perante a minha estupefacção via aparecer alguns peixes já mortos de barriga para o ar.
Nunca mais esqueci esta pescaria e da sua técnica…
Um abraço albicastrense com um pouco do sal destas águas maravilhosas
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