Revisitando Castelo Branco

06/04/2011

Viver

 

viver

Ainda não sei ao certo,

Se o rumo ou o mar em que navego,

Servem para minha viagem.

Tem coisas que se descobrem aos poucos

E se entendem no tempo.

 

Há que navegar entre o medo e o destino

Enfrentar o que me faz tremer

Pois um dia de cada vez, neste mar,

Faz a diferença, entre estar e ser.

 

Navegante de mim mesmo,

Neste oceano que muda a cada instante,

Tento entender os sinais, para acalmar

Meu coração aflito.

 

Um mar revolto e inquieto

Assalta a mente e a faz estremecer.

Inseguro barco que navega ao vento

Com as marés a encher o peito

Na busca de um porto distante.

 

Na busca de uma rota

Procuro entender e fico a ler as estrelas.

Finalmente, o destino é claro

Navegar é preciso,

Viver também o é.

 

Um dia de cada vez…

cada emoção, cada sentir, cada saber, ou o amor…

É mergulhar em mim mesmo,

Dentro deste mar, que é meu ser,

Com a certeza do novo,

Na coragem de querer, sempre

Viver, navegar!

Luis Pardal

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