O passar da meia-noite de ontem deixara água na boca e assim desci a rua em direcção ao adro da igreja na intenção de repenicar os sinos. A vontade ou a saudade por uma água da Soalheira, levou-me a bebericar no marco.
Dobrei a quina da igreja. Já fazia silêncio a calçada pois momentos antes tinha terminado a missa.
Subi as escadas em passo de corrida. A passagem pelo badalo do sino chamou à memória tempos em que era retirado para evitar o toque constante .
O sagrado da igreja. O portão e a grade do sagrado que protegem o acesso ao par de sinos.
Por entre os sinos, se avista a Faceira e as Figueirinhas.
Domingo de Aleluia… do campanário da igreja Vista para a Soalheira.
Por entre os sinos se avista a Faceira e as Figueirinhas e quase todos os telhados e casas da parte baixa e central da aldeia.
Toquei o sino! A tradição está mantida.
As ruas ao redor da igreja continuam sem gente. O almoço de Páscoa é mais demorado pelos rituais.
Sento-me nas escadas no campanário e guardo a visão das escadas matreiras que resvalam pelo esmerilado provocado pelo seu uso e natural desgaste.
Pela rua da Igreja vou até ao Largo da Praça. Aí daqui a pouco encontrarei a gente da terra.
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